A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) lançou o Manifesto em Defesa da Descarbonização. Na apresentação do documento, o presidente da AEA, Marcus Vinicius Aguiar, abriu o encontro enfatizando o avanço da descarbonização e acordos de cooperação.
Aguiar também destacou o documento técnico Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro, que agora está na versão 2.0 e que serve como guia para políticas públicas.
Aguiar explicou que a pauta de descarbonização, baseada no conceito “do berço ao túmulo”, foi tratada ao longo de 2024 por diversas diretorias da AEA.
Ele destacou que o Brasil assumiu protagonismo nessa pauta devido à diversidade de matrizes energéticas limpas e ao domínio de tecnologias automotivas avançadas.
O vice-presidente da AEA, Everton Lopes, realizou uma apresentação detalhada sobre a importância das regulamentações setoriais para a indústria local e mobilidade.
Ele destacou políticas públicas como o Programa Mover e o Combustível do Futuro, além de iniciativas relacionadas à descarbonização.
Já Marcello Depieri, diretor de Acreditação de Laboratórios da AEA, abordou o papel do sistema nacional de laboratório de emissões na transição energética.
O manifesto da AEA destaca as graves consequências das mudanças climáticas, intensificadas pela queima de combustíveis fósseis, e critica o posicionamento negacionista de algumas nações.
Alinhado ao Acordo de Paris, o Brasil comprometeu-se a reduzir emissões de gases de efeito estufa em até 43% até 2030 e ampliar a meta para até 67% até 2035.
No setor automotivo, programas como Inovar-Auto, Rota 2030 e, mais recentemente, o Programa Mover, têm impulsionado a eficiência energética e a descarbonização.
Esses esforços incluem o conceito “do berço ao túmulo”, que abrange a pegada de carbono em processos industriais e a reciclabilidade veicular.
Com isso, a AEA tem desempenhado papel crucial nesses programas ao conduzir estudos técnicos e promover eventos sobre descarbonização.
A entidade enfatiza a posição privilegiada do Brasil no uso de fontes renováveis e tecnologias baseadas em biomassa, consolidando o país como líder global em descarbonização.