Em destaque a construção, dimensões, capacidades, motor, câmbio, lista de equipamentos, impressões ao dirigir, condições de reparo e custos de peças do utilitário compacto da Jeep
Por: Edison Ragassi/ Fotos: AA
Em março do ano passado a FCA- Fiat Chrysler Automobiles, lançou o Jeep Renegade. O SUV compacto é veículo global do Grupo. Também é o primeiro produzido na unidade industrial localizada em Goiana, Pernambuco. São duas opções de motorização, uma movida a diesel e a outra Flex, igual a avaliada nesta matéria do AutoAgora.
Os designers imprimiram visual robusto e marcante no utilitário esportivo. No primeiro olhar percebe-se que é um Jeep. A dianteira tem linhas quadradas, com faróis redondos, grade na cor preta e para-choque grande.
Nas laterais, barras no teto, coluna central na cor preta, caixas de rodas com molduras. As rodas são em liga leve 6,5Jx16″ e pneus de uso misto 215/65 R16.
A parte traseira tem aerofólio que sai do teto com o breaklight. As lanternas são quadradas com um ‘X’ no centro. E a cor preta aparece em destaque no para-choque.
Seu comprimento é de 4.232 mm, a largura chega a 2.018 mm, altura de 1.666 mm, para uma distância entre os eixos de 2.570 mm.
Estas dimensões conferem ao utilitário esportivo compacto da FCA, a capacidade de 260 litros no porta-malas. Ao rebater os bancos chega a 1.300 litros e o tanque de combustível recebe até 60 litros. Tem altura mínima do solo de 177 mm, no fora de estrada, o ângulo de ataque de 20,4°, ângulo de saída de 29,4° e ângulo de rampa de 21,3°.
O propulsor 1.8 E.TorQ Evo Flex, é uma evolução do E.TorQ utilizado nos veiculos da Fiat. Entrega potência de 130 cv (G)/132 cv (E) e torque de 18,6 kgfm (G)/ 19,1 kgfm (E) a 3.750 rpm. A empresa oferece duas opções de transmissão, manual de 5 marchas e automático de 6 velocidades.
No SUV da Jeep a suspensão é McPherson independente na dianteira e traseira, de braços oscilantes inferiores, com geometria triangular e barra estabilizadora na frente e com links transversais/laterais e barra estabilizadora na parte de trás.
Os amortecedores são hidráulicos e pressurizados e as molas helicoidais. Os freios, a disco ventilado na dianteira (305 x 28 mm) e sólidos na traseira (278 x 12 mm), o de estacionamento usa comando elétrico e a direção tem assistência elétrica.
Impressões ao dirigir
Mesmo com motor Flex, o Renegade é um veículo preparado para o fora de estrada e oferece conforto aos ocupantes, tanto para motorista como passageiros, inclusive dos bancos traseiros.
Os instrumentos do painel são de fáceis de visualizar, há uma vasta opção de informações disponíveis no computador de bordo. Velocidade digital, consumo médio, instantâneo, entre outras, que o motorista escolhe nos botões do volante.
O equipamento multimídia é intuitivo, ai fica no gosto do usuário, ler o manual de instruções, ou ir descobrindo as funcionalidades como uma criança faz com um novo brinquedo. Banco confortável, fácil de ajustar o posicionamento.
Foi possível utilizar o carro em várias situações. O arranque é lento, não se deve pisar fundo ao sair da inércia. O ideal é deixar desenvolver velocidade de maneira progressiva.
Em condições urbanas, o motorista passa bem por valetas, lombadas e imperfeições do asfalto. A calibragem da suspensão está bem acertada para oferecer o menor desconforto aos ocupantes.
Na rodovia, o desempenho é bom, mas desenvolve velocidade lentamente. Em situações de ultrapassagem, dependendo da situação, é necessário recorrer a redução manual e apesar do porte é muito seguro nas curvas.
A relação de marchas está bem ajustada no uso urbano, às mudanças são quase que imperceptíveis. Na rodovia a troca é feita com giro alto, o que dá a impressão de forçar o equipamento.
Em termos de consumo, o computador de bordo mostrou media de 8,8 km/litro na cidade, com velocidade média de 50 km/h abastecido com gasolina. E na rodovia, com 50% de etanol e 50% gasolina, a média foi de 11km/litro na velocidade de 120 km/h.
Na oficina
AutoAgora levou o Jeep Renegade até o Centro Automotivo GPauto, localizado na Zona Oeste de São Paulo, ele foi avaliado por Antonio Augusto, o Guto, diretor da empresa.
O profissional considera que é um veículo fácil para realizar a revisão, manutenção periódica e substituição de peças. “As velas e filtros tem posicionamento fácil, não exige esforço, no cofre do motor o espaço é amplo. Discos, pastilhas, amortecedores, molas, também são de fácil acesso e não exigem ferramentas especiais”.
Na avaliação de Guto, o proprietário do Renegade Flex não terá problemas ao deixar o carro na oficina. “Ao fazer uma revisão que seja necessária a substituição do óleo, filtros (ar, óleo e combustível), discos e pastilhas, o tempo médio será de quatro horas. É um carro de simples manutenção, não há dificuldades ao realizar serviços, o que é bom para o consumidor que gasta pouco com a mão de obra”, fala ele.
Versões e preço sugerido
O Renegade é comercializado na opção de entrada com câmbio manual por R$ 69.900. A versão Sport custa R$ 72.900 (manual)/ R$77.900 (automático). Traz de série itens como: Alarme, rádio integrado ao painel com RDS, porta USB, Bluetooth, 6 alto-falantes , apóia-braço com porta-objetos, vidros e retrovisores elétricos, ar-condicionado, computador de bordo (distância, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia), faróis e lanterna traseira de neblina, controle eletrônico anticapotamento, controle de estabilidade (ESC), inclusive para trailer (com engate Mopar), sensores de estacionamento traseiro, controles de velocidade de cruzeiro e de tração, rodas em liga aro 16’’e pneus 215/65, entre outros.
A opção Longitude sai por R$ 84.900 e a Limited Edition custa R$91.900, ambas com transmissão automática de 6 velocidades.
A partir da opção Longitude o ar-condicionado é automático dual zone, as rodas são em liga leve aro 17’’e os pneus 215/60. O sistema de som usa tela de 5” touch, comando de voz e navegação GPS
No acumulado de 2015, foram emplacados 39.190 Renegades, o que comprava o sucesso alcançado no mercado brasileiro.
Colaborou: FCA- Fiat Chrysler Automobiles
Ficha técnica Jeep Renegade Longitude 1.8 AT6 – FWD
Motor: 1.8 E.TorQ Evo Flex AT6
Disposição: Dianteiro transversal
Número de cilindros: 4 em linha
Número de válvulas: 16
Cilindrada: 1.747,0 cm³
Potência: 130 cv (G) / 132 cv (E) a 5.250 rpm
Torque: 18,6 kgfm (G)/ 19,1 kgfm (E) a 3.750
Alimentação: Injeção multiponto, sequencial indireta
Taxa de compressão: 12,5:1
Transmissão: Automática, 6 marchas
Tração: Dianteira
Direção: Assistência elétrica
Suspensão
Dianteira: Independente tipo McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores, com geometria triangular e barra estabilizadora
Traseira: McPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora
Freios
Dianteiro: Disco ventilado, diâmetro de 305 x 28 mm
Traseiro: Disco sólido, diâmetro de 278 x 12 mm
Pneus: 215/60 R17
Rodas: Liga leve 7,0Jx17″
Dimensões / Capacidades:
Comprimento: 4.232 mm
Largura: 2.018 mm
Altura: 1.705 mm
Entre-eixos: 2.570 mm
Tanque de combustível: 60 litros
Porta-malas: 260 litros/ 1.300 litros (banco traseiro rebatido)
Custos de peças Jeep Renegade*
Amortecedor dianteiro: R$269,00
Amortecedor traseiro: R$ 316,69
Disco de freio dianteiros: R$ 133,56
Jogo de pastilhas dianteiras: R$224,37
Disco de freio traseiro: R$ 133,56
Jogo de pastilhas traseiras: R$193,19
Óleo (especificação)/litro: Óleo de motor (5 litros) 5W30 ACEA A1/B1 – R$ 228,29
Filtro de óleo: R$30,66
Filtro de ar: R$99,00
Filtro de combustível: R$15,07
Filtro anti-polén: R$42,00
Vela: R$ 34,56
*Custo apurado em São Paulo