A rodovia BR-101 continua com o título de rodovia mais perigosa do Brasil. Ela é um dos principais eixos do país e atravessa todo o Brasil. São mais de 4,6 mil quilômetros de extensão.
Por isso, de acordo com último levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fama de rodovia da morte continua. No primeiro semestre deste ano, nos trechos de maior número de ocorrências da rodovia, foram registrados 943 feridos em acidentes, que acabaram em 22 mortes.
Outro dado da PRF mostra que entre janeiro e junho deste ano foram registrados 35,2 mil acidentes em todas as rodovias federais do país. Sinistros que acabaram com 40.560 pessoas feridas e 2.908 mortas.
O especialista em mobilidade, professor Carlos Penna Brescianini, tem uma explicação para a quantidade de acidentes nesta rodovia.
“Todas as estradas que inicialmente foram feitas ligando as capitais brasileiras que ficavam no litoral, terminaram sendo interligadas e fazendo parte do que é hoje a BR-101. Uma rodovia que tem um tráfego muito grande de veículos. Com essa utilização maior no número de automóveis, aumentou também a quantidade de acidentes.”
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O desconhecimento das leis de trânsito e das regras de sinalização são grandes causadores de acidentes, explica o chefe da Coordenação de Prevenção e Atendimento de Sinistros da Polícia Rodoviária Federal, Paulo Guedes.
“Todo o sistema viário é construído pensando em dar segurança para o condutor. Se ele tenta fazer uma ultrapassagem onde é proibido e há faixa contínua, é porque ele não tem visibilidade suficiente. E ele vai causar um sinistro de colisão frontal, altamente mortal.”
Minas Gerais, o estado com a maior malha viária do país, registrou nos seis primeiros meses deste ano 4.439 acidentes, seguido por Santa Catarina com 4.134 ocorrências. No Paraná, 3.592 acidentes foram registrados entre veículos.
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O estado mineiro também lidera o número de acidentes que acabaram em mortes: 354 pessoas morreram no primeiro semestre deste ano em rodovias de Minas Gerais.
A Bahia vem em segundo lugar, com 329 mortes em estradas federais que cortam o estado e o Paraná ficou em terceiro, com 274 mortes.