Câmara dos Deputados aprovou lei que aumenta a mistura do etanol na gasolina e do biodiesel no diesel. A mistura do etanol passa de 22% para 27%, podendo até chegar até 35%. Já a porcentagem de biodiesel irá aumentar 1% ao ano até 2030, chegando a 20% da mistura com diesel. Atualmente a porcentagem é de 14%.
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O relator do projeto, deputado Arnaldo Jardim, defendeu que a proposta é estratégica para o país. O projeto de lei ainda cria incentivos para programas nacionais do diesel verde, combustível sustentável de aviação e do biometano.
No Brasil, o uso de etanol e biodiesel tem aumentado devido a políticas governamentais e avanços tecnológicos. O etanol, extraído da cana-de-açúcar, é amplamente utilizado no Brasil desde a criação do Programa Nacional de Álcool (Proálcool) na década de 1972.
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O biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais, começou a ser utilizado no Brasil em 2004. Cerca de 75% da produção brasileira é feita com óleo de soja.
A Scania exibiu na Expodireto Cotrijal, na cidade de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, o primeiro caminhão 100% movido a biodiesel na tração 6×2 do mercado.
“Essa segunda venda de um produto B100, mostra que temos alternativas ao diesel para contribuir com a descarbonização do transporte. Dessa vez, vendemos o primeiro na tração 6×2. Com mais essa opção, haverá uma diversidade de aplicações e de segmentos, juntamente com as versões 6×4, para atender as necessidades de vários perfis de clientes”, afirma Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil.
O diesel B100 não conta com a mistura do diesel proveniente do petróleo. Ele é composto de elementos a partir da transesterificação e esterificação de matérias graxas, de gorduras de origem vegetal ou animal.
O B100 pode ser utilizado em motores diesel sem a necessidade de modificações, e é uma alternativa mais sustentável por emitir até 80% menos gás carbônico em comparação ao diesel fóssil. Além disso, testes mostraram que o rendimento do B100 é equivalente ao do diesel fóssil, tornando-o uma opção viável para a descarbonização da matriz energética no transporte.