Carros elétricos compensam emissão extra de CO₂ em até 4 anos

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Carros elétricos compensam emissão extra de CO₂ em até 4 anos

Carros elétricos compensam emissão extra de CO₂ em até 4 anos

Carros elétricos compensam emissão extra de CO₂ da fabricação em até 4 anos. É o que aponta o especialista da FEI, ressaltando que veículos elétricos tornam-se mais sustentáveis a partir do quarto ano.

Ou seja, a fabricação de carros elétricos gera até 60% mais dióxido de carbono (CO₂) do que a dos veículos à combustão, mas essa desvantagem é posteriormente compensada.

A estimativa é do professor, Renato Aguiar, da Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), com base em rodagem de 20 mil km ano.

Produção mais poluente, mas com compensação no uso

Ou seja, a maior emissão de carbono no processo de fabricação de carros elétricos é explicada por fatores como a estamparia, a forja de componentes metálicos e a produção de sistemas eletrônicos e de polímeros.

Segundo Aguiar, enquanto um carro à combustão gera cerca de 3,74 toneladas de CO₂ durante sua produção, um modelo elétrico pode chegar a 6,57 toneladas.

No entanto, essa diferença é compensada ao longo do tempo. Um carro a combustão emite, em média, 4,6 toneladas de CO₂ por ano, conforme a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

Já o carro elétrico, que não emite gases diretamente, pode gerar 1,7 tonelada de CO₂ por ano de forma indireta,  principalmente pela geração da eletricidade usada para recarga. No Brasil, esse impacto é menor por conta da matriz energética ser 85% renovável.

Descarte de baterias e reciclagem ainda são desafios

A sustentabilidade dos carros elétricos também depende do destino das baterias de íons de lítio, cujo descarte inadequado representa um risco ambiental.

Para mitigar esse impacto, pesquisadores e fabricantes buscam soluções como a reciclagem eficiente e a reutilização das baterias em aplicações estacionárias, como o fornecimento de energia em residências e empresas.

“Também há um grande esforço em pesquisa para desenvolver novas tecnologias de bateria que reduzam os impactos ambientais e aumentem a durabilidade desses componentes”, destaca Aguiar.

A infraestrutura de recarga ainda apresenta limitações

Apesar do avanço na popularização dos veículos elétricos no Brasil, um dos principais gargalos para sua adoção em larga escala continua sendo a infraestrutura de recarga.

Atualmente, 64% dos eletropostos estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Estados do Norte e Nordeste ainda enfrentam escassez significativa de pontos de carregamento — e, mesmo nas capitais, a maioria oferece recarga lenta.

Benefícios ambientais e estratégicos a longo prazo

Para além da redução nas emissões de carbono, os veículos elétricos oferecem outras vantagens. “Os motores elétricos são mais silenciosos, contribuindo para a redução da poluição sonora nas cidades”, lembra o professor da FEI.

Além disso, a transição para veículos eletrificados diminui a dependência do petróleo, o que também representa um impacto geopolítico relevante.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a expectativa é que, até 2035, a eletrificação da frota global reduza a demanda por petróleo em 10 milhões de barris por dia.

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