CNH sem CFC tem apoio do ONSV
CNH sem CFC tem apoio do ONSV. Ou seja, a modernização do processo de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recebeu o apoio do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Em reunião com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a entidade destacou que a proposta do está alinhada.
Ou seja, tanto aos esforços para reestruturar e democratizar o acesso à habilitação, sem abrir mão da segurança no trânsito.
O projeto prevê medidas como a redução de custos, a simplificação de processos administrativos e a diversificação de cursos e treinamentos, garantindo que os novos condutores estejam devidamente preparados para dirigir com responsabilidade.
Durante o encontro, o ONSV apresentou os pontos considerados fundamentais para o sucesso da iniciativa, entre eles:
O diretor-executivo da entidade, Paulo Guimarães, ressaltou que a proposta tem potencial para promover inclusão social e, ao mesmo tempo, elevar o nível de responsabilidade dos motoristas.
“Este é um assunto importante para o Observatório. Apoiamos a ideia de reestruturação do processo. Concordamos que o modelo atual precisa ser aprimorado, tanto para gerar melhores resultados, especialmente no perfil dos condutores, quanto para tornar o processo mais atrativo, seja por sua capacidade de democratização, seja pela incorporação de novas tecnologias”, disse.
Já a possível retirada da obrigatoriedade das aulas ministradas pelos dos Centros de Formação de Condutores acendeu um alerta no setor.
A Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto) calcula que a medida pode resultar em perdas de R$ 14 bilhões anuais, além de colocar em risco cerca de 300 mil empregos em todo o país.
Ygor Valença, presidente da entidade, alerta para o perigo de desmonte de uma rede estruturada ao longo de quase três décadas, que hoje garante segurança viária, empregos formais, arrecadação de tributos e recursos para políticas sociais e habitacionais em todo o território nacional.
O setor de formação de condutores no Brasil conta hoje com 15.757 CFCs em operação, que empregam direta e indiretamente 300 mil pessoas e movimentam uma massa salarial de R$ 429 milhões por mês, o equivalente a R$ 5,1 bilhões por ano.
Conforme o setor, o fim dos CFCs traria consequências irreversíveis à economia, à segurança viária e à sociedade.
“Manter a formação estruturada nas autoescolas é salvar vidas, preservar empregos, garantir arrecadação tributária e garantir a manutenção do tráfego brasileiro de forma sustentável”, argumenta Valença.