
Outra vez: Brasil enfrenta mais uma crise de semicondutores
03/11/2025
									A câmera de ré e os sensores são itens de série no Fiat Cronos Precision 1.3 CVT 2023
A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que determina câmeras em transporte por aplicativo. O objetivo é aumentar a segurança de passageiros e motoristas e garantir maior transparência no uso dos dados gerados pelas câmeras.
Segundo o texto aprovado, o passageiro deverá ser informado previamente sobre a presença das câmeras, receber aviso ao solicitar o transporte e encontrar o aviso afixado em local visível dentro do veículo.
Além disso, o aviso deve explicar a finalidade das gravações, o tempo de armazenamento das imagens e os direitos do titular dos dados. Qualquer uso indevido, vazamento ou compartilhamento irregular das imagens sujeitará os responsáveis a penalidades previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), incluindo multas e sanções civis e penais.
O substitutivo aprovado para o PL 692/25, do deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), altera a Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana para incluir a exigência de câmeras como diretriz para regulamentação e fiscalização dos serviços, a cargo de municípios e do Distrito Federal, preservando assim a autonomia local.
O relator na Comissão de Comunicação, deputado Cleber Verde (MDB-MA), reforçou que o videomonitoramento configura tratamento de dados pessoais, que deve respeitar princípios de legalidade, transparência e segurança. Ele destacou ainda que as gravações podem ser feitas até mesmo por câmeras de celulares, reduzindo custos e adaptações nos veículos.
“Câmeras ou outros mecanismos tecnológicos de registro ajudam a inibir condutas criminosas e fornecem provas confiáveis em eventual persecução penal, sem impor medidas complexas ou pouco eficazes, como o reconhecimento facial diário dos motoristas”, explicou o relator.
O projeto agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo, e precisará ir ao Senado para se tornar lei.
