O Fusca, o simpático carrinho com design inconfundível, em formato de besouro, foi o modelo mais vendido do país por 23 anos seguidos — de 1959 a 1982. Ele começou a ser fabricado na Alemanha, com o nome de Volkswagen Sedan, logo depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945.
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No Brasil, a Volkswagen oficializou a data de 20 de janeiro de 1959 como o início da produção na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. E é por isso que o 20 de janeiro passou a ser o Dia Nacional do Fusca.
Mundialmente, o VW deixou de ser produzido em 2003, na fábrica de Puebla, no México. Mesmo assim, o modelo ganhou duas releituras, New Beetle, em 1998, e o Fusca, em 2012.
De olho na data nacional, a Henkel divulgou um material reforçando a manutenção acessível e de baixo custo do Volkswagen, com dicas para manutenção e conservação do carro que é simbolo de histórias maravilhosas.
Segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), há cerca de 2 milhões de Fusca circulando no Brasil.
Segundo Célio Renato Ruiz, gerente de Assistência Técnica para Adesivos e Selantes da empresa, é preciso ter cuidado para manter o Fusca em atividade, e principalmente, com custos baixos. Ele acrescenta que boa parte dos proprietários ainda utilizam o carro para o dia a dia, principalmente para curtos deslocamentos.
“O popular Fusquinha segue como uma ótima alternativa por ter uma manutenção econômica e não muito complexa, ao ponto de os mecânicos de final de semana conseguirem fazer os reparos sem dificuldades”, destaca ele. Veja as dicas do gerente:
Motor
Por ser um carro antigo, o motor pode estar desgastado e a questão da vedação é de extrema importância. Encontrar as juntas originais do modelo pode ser um desafio. Para isso, existem as vedações anaeróbicas.
“Dependendo do caso, as juntas originais podem não ser encontradas e com isso podem ser substituídas por uma junta líquida. Produto homologado e comprovado pela indústria automobilística para ser utilizado em uma bomba d’água, uma bomba de óleo, em um fechamento de cabeçote, entre outros”, detalha Ruiz.
Um dos exemplos dessas juntas líquidas é o Loctite 518, vedante de alta resistência desenvolvido para uso em superfícies metálicas como alumínio, aço, inox, zinco, níquel e cromados.
Embelezamento
“Quem possui um Fusca e utiliza em sua rotina no dia a dia quer deixá-lo bonito, mas também quer economizar na manutenção. É diferente do colecionador, que utiliza o carro com o propósito de exposição e até para desfilar”, lembra Ruiz, destacando que com a aplicação de um revestimento transparente sobre a pintura, que protege e restaura, o veículo fica com aparência renovada.
1996 – Fusca deixa de ser produzido no Brasil
1993 – Início da produção do Fusca 94 em agosto
1986 – No fim do ano é interrompida a produção do Fusca. Neste ano, foram comercializadas 34 mil unidades, totalizando mais de três milhões no período compreendido entre 1959 e 1986. É o carro mais vendido do Brasil.
1984 – Desaparece o motor 1300 e surge um novo 1600.
1983 – A linha de sedãs VW fica restrita aos modelos com motor 1300 que passam a se chamar, oficialmente, Fusca e incorporam uma caixa de câmbio do tipo “Life-Time”, que dispensa a troca periódica de óleo lubrificante.
1979 – Volante de direção em polipropileno texturizado para proporcionar melhor empunhadura, novo espelho retrovisor externo, de formato retangular. Lanternas grandes e arredondadas e pára-lamas traseiros reestilizados nos Fuscas 1300 e 1600.
1978 – Abastecimento de combustível facilitado pela mudança do bocal do tanque para lateral direita do carro, logo acima do pára-Iama, eliminando a necessidade de abrir o porta-malas.
1975 – Mais segurança ainda: chassi e trilhos dos assentos reforçados. A linha foi ampliada com os modelos 1300 L e 1600 (tida como versão normal do Super-Fuscão), a alavanca de câmbio foi encurtada, o filtro de ar passou a ser de elemento de papel.
1974 – Mudanças fundamentais nos dois Sedãs 1300 e 1500 e lançamento do VW 1600-S, o Super-Fuscão, com motor de dupla carburação que desenvolvia 65 cv SAE, tinha volante de direção esportivo de três raios, e painel com marcador de temperatura, relógio e amperímetro.
1973 – Os dois modelos 1300 e 1500 passam a ser equipados com novo distribuidor de avanço vácuo-centrífugo e com carburadores recalibrados, para otimizar o consumo de combustível.
1972 – Atingida a marca histórica de um milhão de Fuscas produzidos.
1970 – Nasce o sedã 1500, logo apelidado de “Fuscão”, com o motor de 52 cv SAE, bitola traseira 62 mm mais larga do que a do 1300, barra compensadora no eixo traseiro, capô do motor com aberturas para ventilação e novas lanternas traseiras incorporando luz de ré. Opcionalmente, o “Fuscão” podia ter freios a disco na frente. Internamente, seu acabamento era mais luxuoso e ele já vinha com cintos de segurança. O Fusca 1300 desse ano, tal como o Fuscão, ganhou pára-choques de lâmina mais fortes e resistentes, capô do motor e do porta-malas redesenhados.
1968 – O sistema elétrico mudou de 6 para 12 volts, a caixa de direção passou a ser lubrificada com graxa, ao invés de óleo.
1967 – Produzido o Fusca 500.000 em São Bernardo do Campo. Grandes novidades também neste modelo. A maior delas: a troca do motor 1200 pelo 1300 cilindradas, com 46 cv SAE de potência, dez a mais do que a anterior.
1959 – Produzido, na fábrica São Bernardo do Campo (SP), o primeiro Fusca brasileiro, motor 1200, com 54% de peças e componentes nacionais.
1953 – A Volkswagen inicia a montagem do Sedã VW-1200, já aperfeiçoado e diferenciado em relação ao modelo importado, em um armazém alugado na rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga (SP).
1946 – Um ano após iniciada a produção, 10 mil sedãs Volkswagen circulavam pela Europa.
1938 – Começa a construção do complexo industrial para fabricação do Fusca, a 80 quilômetros de Hannover, e daria origem à cidade de Wolfsburg (Alemanha).
1936 – Três protótipos de um carro popular, o Volks-Wagen, idealizado pelo professor doutor Ferdinand Porsche, são testados nas estradas da Floresta Negra, na Alemanha, em mais de 50 mil quilômetros.