A variação de espessura do disco ocorre quando a espessura do disco de freio não é uniforme ao longo de sua circunferência, resultando em uma diferença perceptível ao acionar o pedal do freio. Esse problema pode ser prevenido com a execução de procedimentos simples, mas eficazes, durante a substituição dos freios, que, por vezes, são negligenciados devido a limitações de tempo.
É comum confundir variação de espessura do disco com batimento lateral ao tentar diagnosticar a causa de vibrações ou trepidações. Ambos os problemas podem causar vibrações no volante ou pulsações no pedal. O batimento lateral, que não deve ultrapassar 0,07 mm quando instalado (ou 0,04 mm em chassis muito flexíveis), geralmente se torna perceptível durante a fase de assentamento.
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Já a variação de espessura do disco costuma manifestar-se após alguns milhares de quilômetros, devido ao contato não intencional entre a pastilha e o disco sem que o pedal de freio seja acionado, levando a falhas no disco de freio. A diferença entre o ponto de menor e maior espessura do disco de freio não deve ultrapassar 0,015 mm, e em chassis flexíveis, 0,008 mm.
A variação de espessura do disco pode ser o resultado de práticas inadequadas durante a limpeza das superfícies no processo de substituição do freio, como um cubo de roda defeituoso ou sujo, associado ao torque de frenagem residual indesejado.
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Inicialmente, a variação de espessura do disco pode ser percebida apenas como uma vibração ou trepidação pelo condutor, afetando o conforto. Se não corrigida, pode levar a complicações mais sérias, como batimento lateral ou mau funcionamento das pinças de freio. Com o tempo, isso pode resultar em superaquecimento, alteração nas características da graxa de lubrificação e até mesmo trincas ou deterioração dos discos, levando o dono do veículo a gastos inesperados além do risco com relação a ineficiência do funcionamento do freio.
É crucial garantir que as superfícies de contato e as pinças de freio estejam livres de sujeira e ferrugem. Mecânicos devem utilizar escovas de aço ou esmerilhadeiras de cubo/ferramentas de limpeza para remover quaisquer depósitos de ferrugem do cubo, evitando dano ao cubo ou às pinças. Após a limpeza e inspeção completa do cubo e seus componentes, deve-se instalar o novo disco de freio e utilizar um relógio comparador para verificar qualquer batimento lateral potencial, assegurando que a excentricidade do disco não exceda 0,07 mm.
“Muitas vezes uma verificação menos atenta e detalhada na hora da instalação da peça pode alterar todo o seu desempenho, funcionamento e eficiência, pondo até mesmo em risco os ocupantes do veículo. Por isso, é muito importante que o mecânico siga sempre atentamente todas as etapas de instalação dos discos de freios, evitando retrabalho, custos de mão de obra, tempo e gastos inesperados para o cliente. Além claro de toda uma relação de confiança entre ele, o cliente e claro, a marca do produto aplicado no veículo.”, explica Raulincom Silva, Coordenador da Assistência Técnica da TMD Friction/Textar.
Seguindo estas práticas recomendadas, é possível garantir o funcionamento adequado dos freios, resultando em clientes satisfeitos, sem necessidade de retrabalho e visitas de retorno.