A FPT – Powertrain Technologies disponibiliza no Brasil a tecnologia MultiAir, a qual gerencia a entrada do ar admitido pelo motor cilindro a cilindro e ciclo a ciclo
Fotos: Divulgação
Um dos principais objetivos da engenharia de motores é desenvolver um trem de força para os veículos, que obtenha máximo desempenho, com queima mínima de combustível e se possível, liberar zero de gases nocivos ao meio ambiente. E neste sentido, os engenheiros trabalhavam a gestão do combustível e não mexiam com o ar, formador da mistura.
Já o italiano Lucio Bernard, percebeu esta lacuna e criou um equipamento para ser acoplado ao cabeçote do motor, seja ele movido a gasolina, álcool, Flex, GNV ou diesel. Este invento serve para fazer o gerenciamento direto do ar admitido, cilindro a cilindro, ciclo a ciclo e elimina a borboleta para admissão de ar.
Como controla a quantidade e as características da carga de mistura fresca nos cilindros, o MultiAir oferece como principais benefícios a redução de emissões e de consumo de combustível, o aumento de potência máxima e torque, além de melhor resposta dinâmica ao veículo.
Como funciona
O sistema MultiAir atua da seguinte forma: um pistão, movido por um came de entrada mecânico, é conectado à válvula de admissão por meio de uma câmara hidráulica, controlada por uma válvula solenóide on/off normalmente aberta.
Quando a válvula solenóide é fechada, o óleo na câmara hidráulica se comporta como um corpo sólido e transmite para as válvulas de admissão o movimento de abertura imposto pelo came mecânico.
Quando a válvula solenóide é aberta, o óleo na câmara hidráulica pode escorrer livremente de volta para o motor, assim as válvulas de admissão não seguem mais o came de admissão e se fecham sob a ação da mola da válvula. A parte final do percurso de fechamento da válvula é controlada por um freio hidráulico dedicado, para garantir uma fase de assentamento suave e regular em qualquer condição operacional do motor.
Segundo João Irineu Medeiros, diretor de Engenharia de Produtos da FPT, o MultiAir pode ser utilizado em qualquer tipo de configuração de motor, porém seu pleno rendimento foi conseguido nos propulsores com comando de 16 válvulas e 4 válvulas por cilindro.
Este sistema será usado em um motor de 2 cilindros, que está sendo desenvolvido na Itália e estréia em automóveis neste mês de setembro no Alfa Romeo MiTo.