Picape compacta líder do segmento recebeu novo visual, a versão cabine dupla agora tem porta que abre para fora, mas não ocorreu mudança na arquitetura
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
Na Ilha de Comandatuba (BA), dia 16/10, a Fiat mostrou para a imprensa especializada a Nova Strada 2014. Para a versão cabine dupla, a fabricante desenvolveu a ‘terceira porta’. Esta nova entrada foi colocada do lado direito, abre para fora e só pode ser acionado com a porta do passageiro aberta.
No visual, a linha de cintura ficou mais alta e a caçamba maior, cresceu 8 cm na altura, para oferecer mais volume para carga. As lanternas traseiras mudaram, foram colocadas em posição mais elevada e invadem as laterais.
A versão Working recebeu um novo para-choque dianteiro e todas elas ganharam abertura elétrica da tampa do combustível, porta escada, novo vidro traseiro e ainda novo volante para Trekking e Adventure, entre outros, no total foram 300 as modificações. Porém, a arquitetura continua a mesma, assim não alterou o tempo de reparo e os custos de manutenção e peças de reposição em relação a picape anterior. Com cabine simples a capacidade da caçamba é de1.220 litros, a qual diminuiu para 910 litros na cabine estendida, enquanto que a cabine dupla recebe até 680 litros.
São três versões da Working (cabine curta- R$33.750/ estendida- R$36.870/dupla R$42.330) a motorização é 1.4 Flex, sua potência é de 85 cv (G)/ 86 cv (E) e torque de 12,4 kgfm (G) / 12,5 kgfm (E). Uma da Trekking (cabine dupla- R$48.360) e propulsor E-torQ 1.6 16V Flex, o qual entrega 115cv (G)/ 117cv (E) e torque de 16,2 kgfm (G)/16,8 kgfm (E). E a Adventure (cabine estendida- R$49.480/ cabine dupla- R$54.360) tem o propulsor mais potente, E-torQ 1.8 16V com potência de 130 cv (G)/132 cv (E) e torque de 18,4 kgfm (G)/ 18,9 kgfm (E).
Em todas as opções, a suspensão dianteira é tipo McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais e barra estabilizadora, com molas helicoidais. A Suspensão traseira é de eixo rígido tipo Ômega, com mola parabólica longitudinal. Os amortecedores são hidráulicos, pressurizados a gás, telescópicos de duplo efeito. E a direção é hidráulica com pinhão e cremalheira.
No teste drive promovido pela Fiat, Auto Agora, teve a oportunidade de rodar 50 km com a versão Adventure, câmbio Dualogic e a opção de entrada Working. Com motor 1.8L 16V, a picape mostra muita força para um veículo deste porte.
O arranque é bom e o sistema de trocas automatizadas (Dualogic) evoluiu está diferente e melhor que o anterior. Os trancos que ocorriam durante as mudanças, quando colocado em modo automático, quase que desapareceram. Já ao utilizar no manual, a versão dirigida tem as borboletas para as trocas, não há diferença de um câmbio convencional.
Nas subidas e descidas do trecho, o propulsor mostrou que tem folego, tanto nas tomadas como nas retomadas das acelerações, inclusive com o ar condicionado ligado.
Nas curvas o acerto de suspensão também é bom. Já em situações de terreno acidentado, ela pula um pouco, mas isso é consequência da suspensão traseira que utiliza feixe de molas. E não teria que ser diferente, pois não podemos esquecer que é um veículo preparado para transporte de carga, o qual quer oferecer conforto semelhante ao de um modelo de passeio. E o trabalho realizado para a implantação da terceira porta foi bom. Não há barulhos ou qualquer outra interferência que venha a sugerir que foi alterada a estrutura do veículo.
E a versão Working, com propulsor 1.4L, responsável por 55% das vendas da Fiat Strada também tem boa dirigibilidade. O câmbio manual tem trocas macias e precisas.
O arranque é mais lento, natural, pois se trata de um motor menos potente e com menor torque, mas atende bem as necessidades de aceleração e retomada, principalmente se pensamos no uso urbano. Até surpreendeu ao ultrapassar uma subida, na velocidade média de 100km/h, sem ter que trocar marcha, só perdeu um pouco na mesma condição de terreno, porém com o ar condicionado ligado.
Nos dois modelos o teste drive foi feito com a caçamba vazia, assim, tudo leva a crer que ao carregar, terá o desempenho um pouco comprometido, mas nada que chegue a assustar quem necessita deste tipo de veículo.
Ainda entre as novidades, a Mopar, empresa do grupo Fiat Chrysler que no Brasil está focada no desenvolvimento e comercialização de acessórios, desenvolveu para o veículo mais de 40 itens exclusivos, entre eles o Extensor de Caçamba com tripla função, o qual tem preço sugerido de R$1.459,00 e a Central Multimídia.
Já a Magneti Marelli é responsável pelo fornecimento do sistema de injeção completo, amortecedores Cofap, quadro de instrumentos, Computador de Bordo, pedaleiras, sistema de exaustão, composto pelo coletor tubular com catalisador integrado, os faróis biparabola e o sistema Free Choice para o câmbio automatizado Dualogic.
Ainda entre os opcionais, figura o sistema Locker, o qual auxilia em trechos de terra e lama, por R$1562,00. A picape compacta Fiat Strada tem participação de 51% deste segmento. No mix de produtos, a versão Working atinge 55% das vendas, a Trakking responde por 10% e a Adventure chega a 35%. A expectativa da Fiat é de aumentar em 10% sua participação com este lançamento.