Freelander2 chega ao mercado
Modelo de entrada da Land Rover ganhou nova plataforma, acabamento requintado, motor Volvo e características que privilegiam o uso urbano
Texto: Edison Ragassi
Na última sexta-feira (04/05), a Land Rover mostrou em Porto de Galinhas (PE), para a imprensa especializada do Brasil, o Freelander 2.
O carro é considerado modelo de entrada da montadora inglesa especializada em veículos 4X4. Apesar de manter o nome do antecessor (Freelander), para este SUV a montadora desenvolveu uma nova plataforma.
No design, foi mantido o capô em concha e o teto em dois níveis. O pára-brisas apresenta um ângulo agudo, as colunas A e D, tem pintura na mesma cor do veículo, e a coluna E, na cor preta, proporciona uma semelhança gráfica ao Range Rover.
Nas laterais, o desenho de linhas suaves e unidirecionais, juntamente com a grade dianteira, foram desenvolvidos para reforçar a identificação visual do veículo.
Em relação ao modelo anterior, a traseira apresenta um desenho mais limpo. O estepe agora é colocado sob o veículo, com acesso pelo porta-malas, e a tampa abre para cima, no lugar da abertura para fora. Na dianteira, os faróis ganharam novo desenho, assim como a grade frontal.
O sistema de áudio Surround é distribuído através de 12 auto-falantes, incluindo um subwoofer. O painel conta com CD player (para seis discos), compatível com MP3, além de rádio digital. Também no painel central, foi incorporado um leitor de MP3, entrada para iPOD e outras fontes de áudio, equipamentos que servem também aos passageiros dos assentos traseiros.
Em todas as versões, estão disponíveis módulos para fones de ouvido, que permitem aos passageiros escolherem fontes alternativas de áudio e, assim, ouvirem músicas ou programas diferentes uns dos outros.
Os visores de velocidade, conta-giros e nível do tanque de combustível são do tipo analógico, em forma circular, e ficam posicionados bem à frente do motorista.
O console central inclui porta-copos, porta objetos, porta-luvas, e bolsões nas portas dianteiras e traseiras, além de suportes para garrafas de até um litro.
Corpo inglês, coração sueco!
O Freelander 2 deixou a configuração de motor V6 e agora é equipado com o novo propulsor transversal de 6 cilindros em linha, gasolina.
Desenvolvido pela Volvo Automóveis, outra integrante do Premier Automotive Group -grupo de marcas Premium pertencentes a Ford-, do qual também faz parte a Land Rover.
O bloco, cabeçote e reforço inferior em alumínio, com 24 válvulas e duplo comando de acionamento, o que aumenta a capacidade de enchimento dos cilindros, e contribui para desenvolver torque e potência.
Toda essa tecnologia é complementada pelo sistema de Variação de Perfil da Cami (CPS), que conta com dois perfis de admissão diferentes, estruturados no mesmo comando de válvulas. O sistema de gestão do motor decide qual o perfil de comando de válvulas é o mais adequado na situação, dependendo das condições de funcionamento do motor e das solicitações do condutor. Um perfil é ideal para alta velocidade e carga reduzida; o outro, que proporciona maior elevação das válvulas, é mais apropriado para velocidade constante e cargas mais elevadas. Para essa definição, existe um conjunto de pinças hidráulicas, que altera o perfil do comando.O motor sueco dispõe ainda de um sistema de Variação Contínua da Temporização das Válvulas (VVT), que otimiza a potência, eficiência e nível de emissão, de acordo com a demanda imposta pelo motorista. Dessa forma, pelo menos 80% do torque máximo (256 Nm) está disponível entre 1400 a 6400 rpm.
O sistema foi desenvolvido em parceria com a Haldex, conhecida pela tecnologia de acoplamento central, que varia continuamente a distribuição de torque entre os eixos, dianteiro e traseiro. A proposta da Land Rover, nesse caso, foi desenvolver um acoplamento central com controle eletrônico, pré-ativado com o veículo parado, o que reduz a perda de tração no arranque.
São quatro tipos de controle para piso que o condutor pode escolher ao girar de um botão seletor: asfalto, grama, lama e areia.
O Terrain Response controla também os seguintes sistemas de estabilidade e auxílio à tração:
• Controle de Estabilidade Dinâmica (DSC): seu principal objetivo é evitar que o torque seja direcionado a uma roda que já perdeu a tração. Em alguns casos específicos, o torque apropriado também é recalculado;
• Controle Eletrônico de Tração e freios ABS: ajustados e afinados pelo sistema Terrain Response para aumentar a capacidade de tração, potência de travamento das rodas e segurança no piso selecionado;
• Controle de Descida de Declives (HDC): sistema que reduz automaticamente a velocidade do veículo em declives acentuados, com tração reduzida. O sistema HDC é automaticamente ativado nos programas Terrain Response apropriados. A velocidade é estabelecida de acordo com o piso escolhido. O sistema também altera as configurações do acoplamento central, para melhorar o comportamento da tração integral em condições mais exigentes.
É equipado com freios a disco ventilados nas quatro rodas. Os discos dianteiros (316 mm), dispõem de ventilação invertida, ou seja, aspiram ar fresco para dentro do disco através da zona central, que é posteriormente direcionado para a zona exterior, e os freios traseiros têm 302 mm de diâmetro.
Usa RSC (Roll-Stability Control), sistema de estabilidade dinâmica RSC (Roll Stability Control) para prevenir capotamento. Os sensores permitem que esse sistema efetue a comparação entre a velocidade da variação do ângulo de inclinação da carroceria e a direção do veículo. Se necessário, é aplicada uma força de travamento às rodas e assim evitar o rolamento da carroceria.
Ainda entre as novidades, o Gradiente Release Control. Sua função é liberar, de maneira progressiva, os freios em declives extremamente inclinados, quando o pé é retirado do pedal, e permitir total controle do veículo nesta situação.
O Freelander 2 está equipado com rodas de aro 17’’ nas versões S e SE, e 18’’, na versão HSE, a qual tem pneus 235/55R18.