Peugeot lança no país carro compacto similar ao comercializado na Europa, ele traz nova disposição do volante e sistema multimídia interativo, entre outras novidades
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
Em Búzios (RJ), a Peugeot reuniu a imprensa especializada brasileira para mostrar o 208. Em principio ele não substitui o 207 que continua em produção, mas direcionado para outro tipo de público.
O novo compacto Premium da marca do Leão é produzido na arquitetura do Citroën C3 (lançado em agosto do ano passado), porém já evoluída. Comparado ao 207, ele cresceu 94 mm no comprimento total (3.966 mm) e 98 mm de entre-eixos (2.541 mm).
Tem visual robusto, faróis embutidos na região dos para-lamas, vincos na tampa do capo e o símbolo da marca no centro. Se no carro anterior a grande grade dianteira é confundida com um sorriso, neste podemos dizer que ganhou um bigode. Isso porque ela permanece grande, mas foi colocada outra menor na parte inferior do para-choque.
As laterais têm vincos na região das maçanetas e na parte debaixo das portas. Na traseira, o destaque fica para as lanternas que invadem as laterais e imitam o formato da garra do Leão.
Para o interior, um novo conceito, o painel de instrumentos fica acima do volante, para auxiliar a visualização o volante diminuiu de tamanho. Outra novidade é a central multimídia que concentra navegador GPS, rádio, lê arquivos de música via conexão USB ou visualiza fotos, entre outras funções. Pode-se também acionar os dispositivos conectados à entrada auxiliar, como um aparelho de iPod.
Para experimentar o novo 208, a Peugeot preparou um teste drive entre a cidade do Rio de Janeiro e Buzios, na região dos lagos, num percurso de aproximadamente 400 km ida e volta.
Na saída fui como passageiro no modelo equipado com propulsor 1.6L. Ao entrar a primeira impressão é excelente, pois o compacto tem bom espaço para o ocupante do banco do carona é bem confortável. Também foi possível observar de um outro ângulo as novidades incorporadas como o novo painel de instrumentos que usa velocímetro analógico e digital, ele é bem visível.
Outro equipamento que estreia neste carro é o sistema multimídia interativo com tela colorida sensível ao toque de sete polegadas (resolução de 800 x 480), o qual parece complicado, mas não é. O ideal antes de utilizar este tipo de equipamento é antes ler o manual. Ideal, mas durante o percurso com tantas coisas a ser analisadas, o melhor mesmo foi ‘fuçar’ e descobrir como funciona. E realmente, ele é intuitivo como os homens da Peugeot explicaram é só observar e seguir uma lógica que as funções são descobertas sem problemas e complicações.
E ai chegou a minha vez de dirigir o 208 1.6L, que entre outras soluções, dispensou o tanquinho de gasolina para partida a frio. Neste carro os designers optaram por colocar o painel de instrumentos acima do volante o que melhorou a visualização dos instrumentos. O tamanho do volante também diminuiu e o deixou com ótima empunhadura.
Ao engatar a primeira marcha, a sensação também é boa, pois a alavanca é macia e ao desenvolver velocidade, percebe-se que os engates são precisos. Por tratar-se de um motor com 16 válvulas é preciso ter atenção a maneira como ele desenvolve velocidade. Seu arranque não é rápido, é preciso chegar aos 3 mil giros e ai o motorista começa a sentir o poder do propulsor.
Quando chega a velocidade de 80 km/h, ele está cheio e deslancha. Em situações de ultrapassagem, não há necessidade de mudar a marcha, é só apertar um pouco mais o pé direito que a resposta é imediata, mesmo quando há necessidade de diminuir a velocidade, dependendo da situação, também não é preciso recorrer ao pedal de embreagem e câmbio, pois o motor é bem elástico.
Acertaram bem os sistemas de suspensões e direção, o carro é confortável e seguro, ou seja, obsorve as imperfeições do asfalto, mas agarra em curvas acentuadas.
E a volta foi feita com a versão equipada com propulsor 1.5L 8 válvulas. O interior é semelhante ao do modelo mais forte, porém alguns equipamentos são inferiores, como o ar condicionado mecânico.
Ao guiar, não há muita diferença, as qualidades notadas na suspensão câmbio e direção permanecem, a diferença esta na aceleração. Apesar de menos potente que o 1.6L, ele parece mais esperto. As acelerações e retomadas são rápidas, típicas de um carro com vocação urbana. A diferença fica mesmo no fôlego, em uma ultrapassagem, por exemplo, onde você está andando em quinta marcha, é necessário passar para a quarta, encher o motor e depois realizar a manobra. E em condições de transito lento, o anda e para de uma grande cidade, ele vai bem com muita disposição.
O modelo de entrada versão Active tem preço sugerido para venda de R$39.990 é equipado com propulsor 1.5L 8V que entrega 93 cv(E)/ 89cv(G) a 5.500 rpm. O torque máximo é de 14,2 kgfm (E)/ 13,5 kgfm (G) a 3.000 rpm. Com o mesmo motor a opção Allure custa R$45.990.
Já a opção topo de linha é a Griffe, equipada com propulsor 1.6L 16V, o qual não tem o reservatório de gasolina para a partida a frio. Sua potência é de 122 cavalos a 5.800 rpm, quando abastecido com etanol, e torque máximo de 16,4 kgfm a 4.000 rpm. Ao utilizar gasolina, a potência é de 115 cv a 6.000 rpm e 15,5 kgfm de torque. Ele custa R$50.690 e R$54.690 com o câmbio automático.
Entre as ações de fidelização preparou pacotes de preço fechado para as revisões, a de 10.000 km custa R$220, 00 para o modelo com motor 1.5L e R$250,00 no equipado com propulsor 1.6L, já a de 20.000 km tem preço de R$370/R$390, respectivamente.
A Peugeot considera o lançamento do 208 como o mais importante de sua história no Brasil e a expectativa é de agradar os atuais clientes e conseguir muitos outros.