Texto: Edison Ragassi Fotos: ER/ Divulgação
Dia 5 de fevereiro, em Bariloche na Argentina, a Volkswagen mostrou para a imprensa especializada brasileira sua picape média batizada de Amarok. Esta é a primeira vez que a fabricante alemã investe neste tipo de produto, pois até então sua experiência em veículos comerciais leves estava concentrada em furgões, como a Kombi, líder no segmento, que é fabricada no país.
Para entender o conceito da picape, vale explicar o significado do nome. A palavra Amarok na língua dos esquimós da raça Inuit, originários do Norte do Canadá e Groenlândia significa lobo. Assim, a denominação foi escolhida para representar robustez e agilidade, já que para os inuits, o lobo é o rei da vida selvagem.
O modelo chega as revendas da marca em abril, neste inicio de trabalho, a versão que será comercializada no Brasil é a topo de linha: Highline Cabine Dupla.
Ela é equipada com motor TDI (turbodiesel) 2.0L 16V de última geração. Produzido na Alemanha, o propulsor oferece 163 cv de potência, com um torque de 40,7 kgfm a 1.750 rpm e injeção do tipo commonrail, com dois turbocompressores sequenciais. A suspensão dianteira é independente, com eixo rígido e molas elípticas na traseira, a tração é 4×2, mas oferece opção 4×4 e reduzida, as quais são acionadas eletronicamente por botão no console central.
Também há freios ABS com EBD especiais para uso no 4X4, ESP (sistema eletrônico de controle de estabilidade), que corrige automaticamente derrapagens, EDL (bloqueio eletrônico do diferencial traseiro), o qual não permite que as rodas girem em falso quando um dos eixos não tem aderência total, HDA (assistente eletrônico de descidas), este equipamento trabalha em conjunto com o ABS para controlar a aderência das quatro rodas em descidas íngremes em velocidades de até 30 km/h e por fim o HHA (assistente eletrônico de saída em inclinações acentuadas), que impede a Amarok de recuar durante três segundos, mesmo sem o pé estar no freio.
A picape média VW é um veículo global, o qual inicialmente será comercializado na América do Sul e depois para outros mercados como Rússia, África do Sul, México, no total são 50 países a receber o modelo fabricado na Argentina.
Entre os fornecedores de peças e componentes estão Sogefi-FRAM da Argentina com os filtros de ar e combustível e a ZF/ Sachs de Sorocaba que entra com o câmbio manual de seis marchas e alavanca bipartida.
Segundo Carlos Leite, gerente de vendas e marketing Amarok, a rede de concessionárias já está preparada para comercializar e realizar as manutenções no veículo. “Os profissionais da rede passaram por treinamento na Alemanha, isso para que pudessem entender o motor diesel, também já temos estoques de peças para reposição”, declara ele.
A VW tem um produto com tecnologia avançada e vai mexer com o competitivo segmento de picapes médias. Eles já testam um motor flex, e prometeram para o primeiro semestre de 2011, a versão com cabine simples.
A fabricante não divulgou o preço sugerido para venda. Mas pelas informações obtidas durante o evento –as declarações foram de que “chegará com preço competitivo”–, pode-se projetar que o valor cobrado pela Amarok será próximo ao da Toyota Hilux SRV que é oferecida por R$ 119.630. Mas isto é só impressão, em abril descobriremos se estou certo, ou errado!