Produzido em São José dos Pinhais, modelo mundial da fabricante francesa chega com duas opções de motores, câmbio e tração e promete revolucionar o segmento de SUV’s
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Divulgação
Dia 04 de outubro, em Foz do Iguaçu, a Renault mostrou para a imprensa especializada o Duster. O utilitário esportivo é um veículo mundial da marca o qual passa a ser produzido no Brasil. A carroceria segue o padrão de design adotado nos outros países que ele é comercializado.
Na dianteira a grade usa três filetes largos cromados. O conjunto ótico é grande, na mesma peça estão os faróis e as luzes repetidoras. O visual esportivo é reforçado pela grande tomada de ar, que aparece abaixo.
Nas laterais, os para-lamas dianteiros e traseiros têm contornos sobressaltados, os vincos em forma de arco percorrem as duas portas.
A traseira usa vidro amplo, sobre a placa, um largo friso cromado, com o nome Duster acima. Lanternas, setas e luzes de ré estão em peça única de formato vertical.
As formas do SUV foram trabalhadas pela equipe Renault Design América Latina (RDAL), no centro de estilo instalado aqui no Brasil. Eles desenvolveram um novo para-choque traseiro com desenho mais adequado ao gosto dos consumidores brasileiros.
Ao comparar ao europeu, o habitáculo é totalmente novo. O quadro de instrumentos e o painel central receberam um novo desenho. A versão brasileira, além de novos tecidos, também conta com novas espumas dos bancos, com as partes laterais mais realçadas. Nas versões mais completas, o interior tem duas tonalidades de cor.
A participação da engenharia local foi fundamental para deixar o carro em condições de competir no mercado brasileiro. No total foram 774 novas peças em relação ao SUV vendido na Europa.
As principais mudanças ocorreram nos sistema de suspensões, motores, câmbios e conforto acústico. Assim o Duster têm 67% de itens produzidos no mercado local, mas a fabricante trabalha para atingir índice de 75%.
O comprimento do Duster é de 4.315 mm, com largura de 1.822 mm, uma distancia entre- eixos de 2.673 mm e altura de 1.690 mm. O porta-malas tem capacidade volumétrica de 475 litros, com os encostos na posição normal.
A característica de SUV é marcada pela altura em relação ao solo 210 mm, seu ângulo de entrada é de 30°, o de saída 35º e o ângulo central de 22°.
São dois os tipos de motores e transmissões.
A versão de entrada é equipada com câmbio manual e propulsor 1.6 16V Hi-Flex. Ao usar gasolina, ele desenvolve 110 cv de potência e 15,1 kgfm de torque máximo. Com etanol entrega 115 cv e 15,5 kgfm. A potência esta disponível a 5.750 rpm e o torque a 3.750 rpm, isso com qualquer um dos combustíveis.
O mais forte é um 2.0 16V Hi-Flex, o qual desenvolve potência de 142 cv (etanol) / 138 cv (gasolina) a 5.500 rpm e torque máximo de 19,7 kgfm (gasolina) / 20,9 kgfm (etanol) a 3.750 rpm. Neste caso são duas as opções de câmbio, manual de seis velocidades ou automático, que também possibilita a troca manual de marchas.
A suspensão dianteira é do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais, montada em um sub-chassi. A traseira é semi-independente com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais. E o carro com tração 4X4 usa na traseira suspensão do tipo multilink. Os freios dianteiros têm discos ventilados de 269 mm de diâmetro e tambores na traseira.
Direção hidráulica, ar- condicionado e vidros elétricos dianteiros são de série no modelo com motor 1.6L. Assim como, travas elétricas nas portas e no porta-malas com comando a distância por radiofreqüência, volante com regulagem em altura, Sistema CAR (travamento automático à 6 km/h), trava para crianças nas portas traseiras, pré-disposição para som, as rodas são de ferro 16” e oa pneus 215/65R16. Seu preço sugerido para venda é de R$ 50.900.
Com o mesmo propulsor é comercializado na opção Expression, ela traz além dos itens da versão de entrada, vidros elétricos traseiros, banco do motorista com regulagem em altura, air bag duplo (motorista e passageiro) e alarme perimétrico, neste caso o preço é de R$ 53.200.
E o Dynamique custa R$ 56.900, vem com: Para-choque traseiro na cor da carroceria, painéis das portas com inserto em tecido, maçanetas externas na cor da carroceria e internas na cor black piano, barras de teto longitudinais cromadas, computador de bordo, retrovisores externos com regulagem elétrica, freios ABS, faróis de neblina, rádio CD MP3, 4 alto falantes (“3D Sound by ARKAMYS”) com conexão USB/iPod e entrada auxiliar, bluetooth e comando satélite na coluna de direção e rodas de alumínio aro 16” com pneus 215/65R16.
O Dynamique 2.0 16V 4X2 com câmbio manual de seis marchas custa R$ 60.600, já no automático a transmissão é de quatro velocidades e sai por R$ 64.600, mesmo preço do modelo que usa tração 4X4 e câmbio manual.
A expectativa da Renault é de comercializar em média 2.500 unidades de seu SUV que já está nas concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil.