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Palhetas desgastadas prejudicam a visão no tempo chuvoso
À primeira vista, as palhetas do para-brisa parecem um detalhe insignificante diante da complexidade de um caminhão, uma colheitadeira ou um ônibus.
Mas, quando se analisa o impacto desse pequeno componente em operações de larga escala, a perspectiva muda radicalmente.
Em frotas de grande porte, a durabilidade das palhetas vai muito além da manutenção: representa economia direta, redução de riscos e até menor impacto ambiental.
A matemática do detalhe
No universo das frotas pesadas, cada centavo economizado em manutenção pode se transformar em milhares de reais ao longo do ano. E isso vale até para itens aparentemente triviais, como as palhetas do para-brisa.
Em empresas com centenas ou milhares de veículos, como muitas transportadoras brasileiras, o equilíbrio entre custo, confiabilidade e segurança é essencial.
Em uma frota de 1.000 caminhões, por exemplo, duas palhetas de R$ 50 por veículo geram um gasto anual de R$ 100 mil.
Se a vida útil dessas peças aumenta em 20%, esse valor cai para R$ 90 mil, uma economia de 10 mil reais, equivalente a eliminar uma em cada seis trocas programadas.
Mas o impacto vai além do financeiro. Menos substituições significam menos tempo parado em oficina. Se cada troca consome algumas horas entre deslocamento, espera e instalação, reduzir 10% das paradas representa centenas de veículos a mais em operação ao longo do ano.
É como ganhar quase um mês extra de produtividade sem precisar ampliar a frota ou contratar novos motoristas.
Cada palheta, nesse contexto, funciona como um “seguro silencioso”: um investimento de baixo custo unitário que, multiplicado por milhares de veículos, gera um efeito cascata sobre os custos operacionais, a eficiência e a competitividade.
Segurança: a lente invisível do motorista
Mais do que economia, está em jogo a segurança. Uma palheta ressecada ou com falhas na limpeza pode comprometer a visibilidade do condutor, transformando a cabine em um ambiente de risco.
“Dependendo das atividades realizadas com máquinas e equipamentos pesados, a dificuldade de visibilidade pode gerar sérios riscos de acidentes, tanto para o operador quanto para trabalhadores envolvidos no processo de trabalho”, alerta Guilherme Espíndola, professor de Segurança do Trabalho no IFSC.
As consequências vão de danos materiais e retrabalho até lesões graves, irreversíveis e, em casos extremos, fatais. Uma peça simples, muitas vezes negligenciada, pode ser o divisor entre um trajeto seguro e um acidente.
Sustentabilidade: menos descarte, mais consciência
Outro impacto relevante, e menos comentado, é o ambiental. Quanto maior for a durabilidade das palhetas, menor o volume de borracha e metal descartado e menor a necessidade de extrair novos recursos para fabricar peças.
Em operações de grande escala, essa redução pode significar toneladas de resíduos evitados por ano.
Para setores sob crescente pressão por práticas sustentáveis, como o agronegócio e o transporte rodoviário, esse detalhe ganha peso estratégico.
Sustentabilidade não se limita a combustíveis limpos ou eletrificação: ela também está nas pequenas peças que duram mais e evitam desperdício.
Tecnologia que transforma
“No mercado atual, onde as margens são apertadas e a demanda por sustentabilidade cresce, entender o efeito em cascata de itens simples se torna uma vantagem competitiva”, afirma Leonardo Salomé, CEO da Autoimpact, uma das três maiores fornecedoras de palhetas automotivas do Brasil, concorrendo com grandes multinacionais.
Testes de campo mostram que seus produtos podem durar até 20% mais que os convencionais. Esse desempenho é resultado da combinação entre borrachas de alta resistência e tratamentos avançados, como o politetrafluoretileno, tecnologia que reduz o atrito com o vidro, evita o ressecamento e mantém a eficiência da limpeza mesmo em condições extremas de poeira, lama, calor e chuva intensa.
“Nossas palhetas seguem padrões de qualidade homologados por montadoras e possuem certificações internacionais como IATF 16949 e ISO 9001. Cada vez mais, empresas e consumidores buscam soluções que aliem desempenho e acessibilidade”, conclui Salomé.