Por que não há carro popular no Brasil?

carro popular
Venda de usado apresenta alta expressiva
15/08/2024
A Ford está aproveitando as conhecidas marcas, Bronco e Mustang , para entrar no segmento de bicicletas elétricas. Para tanto ela lançou duas linhas de e-bikes. Uma proposta traz como tema o Mustang, desenvolvida para uso em estradas e rodovias, a outra, inspirada no Bronco, foi projetada para trilhas.
Ford lança bike do Mustang e do Bronco
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Gol foi o líder mesmo sendo popular

Gol foi o líder mesmo sendo popular

O Volkswagen Gol liderou as vendas no Brasil por 27 anos consecutivos, de 1987 a 2013. Durante o período, o carro tornou-se um dos mais populares e icônicos do Brasil. Já o Palio, por sua vez, foi o melhor em três ocasiões: 2014, 2015 e 2016. Em 2014, ele superou o Gol, quebrando a longa sequência.

Já o Uno, foi líder de vendas no Brasil por 5 anos consecutivos, de 1991 a 1995. Durante esse período, o Uno se destacou por sua economia de combustível e preço acessível.

Por que não há carro popular no Brasil?

Tanto Gol, como Uno, Palio, Celta e Ka nasceram com a conotação popular, incentivo do governo brasileiro, nos anos 1990, para a criação de carros mais acessíveis à população. A iniciativa envolveu a redução de impostos para veículos de menor cilindrada e preços mais acessíveis, incentivando as montadoras a produzir carros mais econômicos e menores.

Hoje, os populares praticamente acabaram, principalmente pela questão do preço e também pela quantidade de itens obrigatórios. Para ter ideia, modelos como Gol, Uno original, Kombi, entre outros, saíram do papel por não terem estrutura para agregar airbag, sistemas de freio ABS, controle de tração, sistema de cadeira para crianças com Isofix, entre outras. Os itens de segurança são obrigatório e tornam os veículos mais seguros, porém mais caros.

Linha de produção mais rápida

Outra estratégia da indústria para aliviar a linha de produção é produzir veículos com todos os equipamentos. Aquela história de tirar ou colocar protetor de cárter, ou mesmo uma direção hidráulica, ou ar-condicionado, acaba retardando a montagem final.

Sem os famosos “peladões” ou “pés de boi”, como eram chamados na época, os modelos de entrada perderam sentido e talvez por isso passaram a ser ignorados.

Hoje, os mais em conta do mercado são: Fiat Mobi (R$ 74), Renault Kwid (R$ 74,6) e Citroën C3 (R$ 74,8). Atualmente eles estão da sexta posição para baixo. Mobi 6º, o Kwid 13º e o C3 lá atrás, o 26º.

Com isso, é possível dizer que os mais acessíveis deixaram de ser popular e que a procura pelo mesmo valor está em um carro melhor seminovo ou até mesmo em um zero, só que em uma categoria maior.

Vale dizer que assim como a venda de zero, as vendas de carros usados no Brasil apresentaram mais um resultado positivo expressivo no mês de julho, segundo relatório divulgado pela Fenauto (Federação dos Revendedores de Veículos Usados).

Os números dos modelos mais vendidos

Os números quando comparados ao mês de junho aumentaram 13,3%, totalizando a venda de 1.467.096 unidades, contra 1.295.165. Comparando-se com o mês de julho de 2023, o aumento é ainda mais significativo, chegando a 20,4%. O total de vendas acumuladas no ano chegou a 8.810.848 veículos, um aumento de 9,2% sobre o mesmo período de 2023.

Por fim, vale dizer que o poder de compra do brasileiro caiu nos últimos 10 anos. Para comprar uma cesta básica, por exemplo, a fatia necessária do rendimento médio habitual subiu de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023. Ou seja, o automóvel zero voltou a ser algo inalcançável para a maioria da população.

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