Durante a Lat.Bus 2024, a Volare apresentou um projeto inovador. Trata-se do micro-ônibus Attack 9 híbrido a etanol. Com produção prevista para 2026, ele é primeiro ônibus híbrido a etanol que chega com uma proposta de autossuficiência, pois usa como base um motor elétrico com as baterias recarregadas por um grupo gerador térmico.
O motor a etanol é um 1.0 de três cilindros, turbodiesel. Ele fica responsável por gerar a eletricidade armazenada nas baterias. O projeto é resultado da parceria da Volare com a HORSE, empresa especializada em soluções híbridas, e com a WEG, multinacional brasileira fabricante de eletroeletrônicos.
O modelo tem elevado grau de nacionalização e reúne as vantagens e benefícios de um micro-ônibus convencional movido a diesel e de um veículo 100% elétrico alimentado por baterias.
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A tração nas rodas é gerada por um motor elétrico de 75 kW, com a vantagem de as baterias serem alimentadas por um gerador movido por um motor a etanol, que funciona apenas cerca de 1/3 do tempo de operação e na faixa ideal de rotação.
Os níveis de NVH (ruído, vibração e aspereza) e de manutenção são reduzidos, inclusive do conjunto de freio, pois o modelo utiliza sistema regenerativo, que recupera nas frenagens.
A autonomia do Attack 9 é de 450 km. A distância é conquistada por meio de um três baterias, que no total, armazenam 122 kWh.
Logo, com 75 kW, uma potência equivalente a 100 cv, e 492 Nm, o micro-ônibus tem um tanque de combustível de 200 litros para o motor térmico e três baterias para o motor elétrico.
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A capacidade para o eixo dianteiro é de 3,2 toneladas. Já a máxima é para 31 passageiros mais o motorista, enquanto o comprimento é de 8,45 metros, a largura é de 2,33 m e a altura é de 2,91 metros.
A energia que alimenta o motor elétrico é gerada por um motor a etanol, por esta razão o Attack 9 pode ser utilizado em qualquer região do País, colaborando para o ecossistema, por ser neutro no ciclo do CO2 e permitir a obtenção de créditos de carbono.
Ou seja, a Volare destaca que o veículo é ideal para trabalhos em canavieiros ou regiões agrícolas, onde a própria matéria-prima produzida no empreendimento pode abastecer o veículo.