Produção de automóveis cresce em março de 2022

Produção de automóveis cresce em março de 2022/Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem

A produção de automóveis cresce em março de 2022, mas no acumulado do ano os números são negativos

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), em março de 2022, a produção de autoveículos somou 184,8 mil unidades. Este resultado foi 11,4% maior que o alcançado em fevereiro, porém, representou queda de 7,8% em relação a março de 2021. Já ao somar o acumulado do trimestre, a queda foi de 17% na comparação com a produção obtida nos três primeiros meses de 2021.

Luiz Carlos Moraes, presidente da ANFAVEA, fala sobre os resultados. “Além da questão dos semicondutores, tivemos impactos negativos da onda ômicron nos primeiros dois meses do ano, por seu alto índice de contágio, e um volume de chuvas e alagamentos acima da média, afetando o deslocamento dos clientes e o funcionamento de várias concessionárias”.

A produção de automóveis cresce em março de 2022, e as exportações de autoveículos somaram 38,9 mil unidades. Este resultado também representou uma leve queda de 6,2% no mês de março de 2022. Porém, no trimestre elas estão melhores que no ano passado, com 108,1 mil unidades embarcadas, ou seja, cresceram 12,8%. Também os estoques nas concessionárias melhoraram, e o nível de empregos subiu em 430 postos de trabalho (ou 710 em relação a dezembro).

Licenciamentos sobem em março, mas têm queda acentuada no acumulado do trimestre 

No entanto, as 146,8 mil unidades de autoveículos licenciadas em março representaram alta de 10,9% sobre março e baixa de 22,5% sobre o mesmo mês de 2021, com queda de 23,2% no acumulado do trimestre. A exceção à regra foi o segmento de caminhões, que acumula crescimento de 3% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Durante a coletiva, Moraes mostrou números com quedas similares na maioria dos grandes mercados automotivos globais.

Sendo assim, os executivos da Anfavea avaliam que, apesar do bom desempenho em março, os resultados não foram suficientes para que o primeiro trimestre se aproximasse dos bons resultados do mesmo período do ano passado, quando ainda não havia efeitos da crise global dos semicondutores,  a qual é hoje o maior gargalo da indústria automobilística e de outros setores que utilizam componentes eletrônicos.

Por: Redação-AutoAgora.com.br/ Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem