Na última terça-feira (07/02), a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), divulgou os resultados da produção de autoveículos obtidos em janeiro de 2023. A fabricação cresceu em relação a janeiro de 2022, porém, ficou abaixo dos níveis pré-pandemia.
Segundo a ANFAVEA em janeiro de 2023, a produção de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) foi de 152.700. Isso representa 5% a mais que a produção alcançada em janeiro de 2022, quando a crise dos semicondutores estava mais aguda e a onda de infecções pela variante ômicron do Covid-19 estava no pico.
A entidade explica que este crescimento tímido também ocorreu porque neste ano a maioria das fábricas deu férias coletivas. Nos anos anteriores, essas férias haviam sido antecipadas por paradas de fábricas em meses de escassez de itens como semicondutores. Mas o número deste primeiro mês é espacialmente baixo se levarmos em conta que antes da pandemia se produzia perto de 200 mil unidades no mês que inicia o ano.
O Presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite, fala sobre os resultados. “Em janeiro, o problema do setor automotivo foi mais de demanda do que de oferta. O ano começa com o mercado automotivo desaquecido, em função das crescentes dificuldades de crédito e do clima de incertezas sobre o desempenho da economia em nível nacional e global”.
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Entre os destaques, o levantamento da ANFAVEA aponta que as exportações em janeiro de 2023 foram as melhores nos últimos 5 anos, com 33 mil unidades. Essa aceleração vem de forma constante desde 2020, mas pode ter uma interrupção nos próximos meses. A explicação é que destinos importantes dos nossos produtos, como Colômbia e Chile, tiveram queda de vendas em janeiro.
Por sua vez, o setor de máquinas autopropulsadas obteve os melhores resultados de 2022, lembrando que o fechamento dos números chega com um mês de defasagem em relação aos autoveículos. As vendas de máquinas agrícolas totalizaram 67.385 unidades no ano, crescimento de 19,4% sobre 2021. Já as máquinas rodoviárias somaram 37.783 unidades, alta de 29,2%.
Sendo assim, nas exportações os resultados também foram muito positivos. As máquinas agrícolas tiveram 10.645 envios ao exterior, 7,6% a mais que em 2021. As rodoviárias, com 11.857 embarques, tiveram um desempenho 17,6% superior ao do ano anterior.
No entanto, para este ano, a ANFAVEA projeta vendas de 65 mil máquinas agrícolas e 36 mil rodoviárias, leve recuo de 3,5% e 4,7%, respectivamente. Nas exportações, a expectativa é de 9.520 agrícolas (queda de 13,1%) e 13.200 rodoviárias (alta de 11.3%).