Produção de veículos cai 21% no mês de março e os licenciamentos, as e exportações, coincidentemente, caíram na mesma proporção (21%).
Ao comparar com fevereiro, os emplacamentos diminuíram 18% e a produção teve retração de 7%.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), este resultado ocorreu por consequência direta da paralisação das linhas de montagem para respeitar a quarentena provocada por causa do coronavírus.
Produção de veículos cai 21% no mês de março, mas diferente dos automóveis, os ônibus e caminhões, as máquinas agrícolas e rodoviárias mantiveram resultados positivos.
Isso porque a maioria das fábricas, por tratar-se de serviços essenciais, funcionaram até o começo de abril, e as vendas estavam aquecidas em função da época de colheitas.
Na comparação com o mês de fevereiro, as vendas avançaram 46%, as exportações 19% e a produção 15%.
“Tivemos dois momentos bem distintos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação ao ano passado. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Futuro da indústria
Segundo o dirigente, mais preocupante é verificar que as vendas despencaram quase 90% das primeiras semanas para as duas últimas, o que projeta um resultado altamente preocupante para abril.
“O momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao coronavírus, seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas para as mais diversas finalidades.
Mas também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, alertou Moraes.
Neste momento, toda a sociedade tem que unir forças, nos mais variados segmentos, para conter o avanço do vírus e fazer a roda da economia girar.