A produção de veículos caiu 99% no mês de abril. Isso já era esperado, pois a maioria das fabricantes de autoveículos está com as linhas de produção paradas.
Em abril foi produzido um total 1,8 mil unidades de veículos leves e pesados. Já em março, por exemplo, o total foi 189,9 mil veículos.
O levantamento divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), na última sexta-feira (08/05) mostra que a produção foi de 1 mil automóveis, 403 caminhões e 396 ônibus.
Sendo assim, o pior do ano, desde 1957 quando a entidade passou a divulgar os resultados obtidos mensalmente.
A produção de veículos cai 99% no mês de abril por causa da pandemia. Apesar da queda as fabricantes de veículos instaladas no Brasil, mentem os trabalhadores em seus quadros. No mês de abril o quadro de colaboradores somou 125,3 mil, o que representa 400 vagas a menos, ou seja 0,3% menor ao comparar com março.
Porém, na comparação com o mês de abril do ano passado, na época o total de funcionários somava 130,2 mil, neste caso a queda foi de 3,7%.
A produção de veículos cai 99% no mês de abril por causa da pandemia. E uma das conseqüências desta queda, é o congelamento dos investimentos. “O que observo entre as associadas da Anfavea é que elas não declinaram os investimentos, só congelaram. Estão aguardando o fim das restrições para reposicionar estes valores e prioridades”, explica Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Já a outra conseqüência é que a entidade vai intensificar o trabalho nos projetos de renovação da frota. Isso porque esta proposta é estudada há vários anos, porém, nunca saiu do papel.
Segundo Moraes, a crise criada em torno do Covid-19 vai fazer com que o processo seja acelerado, ele pode servir como ferramenta para aquecer o mercado .
Com as indústrias paradas, a queda não foi só para o mercado interno. O total de autoveículos embarcados para outros mercados em abril apresentou queda de 76,6%, isso comparado com os 30,7 mil veículos que foram exportados no mês de março. Ao comparar com abril de 2019, a queda é de 79,3%.