Radares de velocidade média podem ser regulamentados em 2025

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Excesso de Velocidade Cresce no Brasil

A regulamentação dos radares de velocidade média pode ocorrer em 2025. O excesso de velocidade continua sendo a maior causa das seis mortes que ocorrem por hora no trânsito brasileiro.

São 1,3 milhão de mortes anuais no mundo. Uma causa evitável, que depende exclusivamente do comportamento do motorista.

A regulamentação dos radares de velocidade média pode ocorrer em 2025

E mesmo que existam radares, muitos condutores reduzem apenas para passar pelo equipamento e voltam a acelerar. Um comportamento que deve acabar quando os radares de velocidade média entrarem em operação no Brasil.

A tecnologia já se mostra eficaz em diversos países da Europa há algumas décadas e já teve testes em cidades brasileiras como São Paulo (capital), Curitiba, Distrito Federal e em trechos de rodovias em Uberaba (MG).

Desde 2011, já são pelo menos oito de velocidade média, conforme a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade).

A Velsis utilizou um trecho da BR-050, na cidade de Uberaba (MG), para testes com radares, com o mesmo propósito pedagógico.

A concessionária Ecovias Minas-Goiás e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram duas blitze educativas – entre novembro de 2024 e fevereiro deste ano, num trecho de 11 quilômetros da rodovia, onde a velocidade máxima permitida é de 80 Km/h.

Nas duas ações, conforme a concessionária, notou-se uma redução de 22,5% nos flagrantes de excesso de velocidade nos 15 dias após as blitze, se comparado aos 15 dias anteriores à ação educativa.

Fiscalização por velocidade média no Brasil

Embora os equipamentos já estejam prontos e a eficiência seja comprovada, a fiscalização por esse tipo de medição ainda não está regulamentada no Brasil.

Além dos ajustes na legislação, falta também o regulamento técnico, para que os equipamentos possam ser ajustados e homologados pelo Inmetro.

Como funciona o radar de velocidade média?

Ao contrário dos radares tradicionais, que medem a velocidade em um único ponto, os radares de velocidade média operam em pares: dois sensores posicionados em pontos diferentes da via registram a passagem do veículo, e com base no tempo entre os dois registros e na distância percorrida, calcula-se a velocidade média do trajeto.

Isso inibe o comportamento conhecido como “acelera e freia”, comum entre motoristas que desaceleram apenas ao ver o radar.

O que diz a ciência sobre velocidade e acidentes?

Diversos estudos internacionais reforçam que reduções de velocidade, mesmo pequenas, salvam muitas vidas. A OMS aponta que uma redução de 1% na velocidade média gera queda de 4% nos acidentes fatais. 

Isso acontece porque a energia liberada no impacto é proporcional ao quadrado da velocidade. Quando se reduz a velocidade, diminue quatro vezes a energia do impacto.

Isso é essencial, principalmente em áreas com pedestres e ciclistas. A meta global é limitar a 50 km/h a velocidade máxima nas áreas urbanas e menos ainda em locais de grande circulação de pessoas.

Na Suécia, a redução do limite de 90 km/h para 80 km/h, combinada com o monitoramento da velocidade média nas rodovias, resultou na redução adicional de 3,6 km/h na velocidade média.

O número parece pequeno, porém ele gerou uma diminuição de 61,6% nas fatalidades e 33,4% nos feridos graves em acidentes. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Administração Nacional de Segurança no Trânsito (ou a NHTSA, na sigla em inglês) constatou que o uso de radares reduziu entre 20% a 25% os acidentes.

Na França, os radares foram implementados em novembro de 2003 no país. E deste ano até 2010, as 2.756 câmeras de velocidade preveniram aproximadamente 15.000 mortes no trânsito. Os equipamentos ajudaram a reduzir em 26% as colisões fatais e em 21% as colisões com feridos.

A Velsis, uma das principais empresas brasileiras do setor, desenvolveu radares não intrusivos que utilizam tecnologias como Doppler, laser e laço indutivo.

Além da velocidade média, os dispositivos também já são capazes de detectar outras infrações como avanço de sinal, parada sobre faixa, evasão de faixas exclusivas, uso de celular ao volante e ausência de cinto de segurança. Muitas dessas infrações, no entanto, ainda não podem ser autuadas de forma automática por falta de regulamentação.

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