O mercado de veículos eletrificados leves no Brasil alcançou um marco histórico em novembro, com 17.413 emplacamentos, o melhor resultado desde o início da série da ABVE.
Entre janeiro e novembro, as vendas somaram 155.724 unidades, consolidando a previsão de superar 160 mil em 2024 e possivelmente alcançar 170 mil, representando um aumento de 80% em relação a 2023.
A liderança segue com os veículos plug-in (BEV e PHEV), que representaram 72% das vendas. No entanto, os micro-híbridos (MHEV), com menor grau de eletrificação, tiveram crescimento significativo, alcançando 11,2% das vendas, ultrapassando os híbridos flex (HEV flex), que ficaram com 9,1%.
Esse movimento levantou questionamentos sobre a real contribuição dos micro-híbridos para a descarbonização, devido à sua limitada redução de emissões e ausência de tração elétrica.
Em termos de tecnologia, os BEV 100% elétricos representaram 31,6% das vendas em novembro (5.417 unidades), enquanto os PHEV atingiram 40,4% (6.922). Os híbridos HEV e HEV flex somaram 16,9%, enquanto os micro-híbridos ocuparam 11,2%.
De janeiro a novembro, os BEV lideraram com 36,76% das vendas (57.247), seguidos pelos PHEV com 34,35% (53.488). Os HEV flex e convencionais responderam por 21%, enquanto os MHEV ficaram com 7,9%.
Entre os estados, São Paulo liderou os emplacamentos em novembro, com 5.456 veículos, seguido pelo Distrito Federal (1.972), Paraná (1.348), Santa Catarina (1.067) e Minas Gerais (1.041).
O avanço das vendas confirma o interesse crescente dos consumidores, mas o debate sobre a eficácia de certas tecnologias, como os micro-híbridos, reforça a necessidade de atenção ao impacto ambiental e à experiência do usuário na transição para a eletromobilidade.