As dez marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) licenciaram 8.283 unidades, em setembro, 10,8% a menos diante de agosto, quando foram comercializadas 9.290 unidades. Comparado a setembro do ano passado, a alta é de 102,6%: 8.283 unidades contra 4.089 veículos.
Já no acumulado de janeiro a setembro, importados mais as unidades aqui produzidas, a Abeifa soma 72.131 unidades, 192,9% mais em relação aos primeiros nove meses de 2023, quando foram emplacadas 24.629 unidades.
Destaque especial novamente para os dados de emplacamento de veículos eletrificados no período de janeiro a setembro: os 64.780 veículos eletrificados importados e emplacados pelas associadas à Abeifa, o que representam 52,8% do mercado total de 122.590 unidades emplacadas.
Em setembro último, com 8.283 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 3,7% do mercado total de autos e comerciais leves (222.686 unidades). As 72.131 unidades emplacadas nos primeiros nove meses do ano representam marketshare de 4,1% do total de 1.750.123 unidades do mercado interno brasileiro.
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A falta de definições sobre temas relevantes às empresas associadas, como o artigo 4º do Programa Mover, eventual antecipação da alíquota do imposto de importação para veículos eletrificados e a reforma tributária ainda em tramitação no Congresso, sinaliza um alerta à Abeifa.
Na avaliação de Marcelo Godoy, presidente da entidade, “nos últimos anos, representantes da indústria local e o Governo Federal sustentaram o argumento da previsibilidade como fator primordial do crescimento setorial, o que nós concordamos. No entanto, não é isso que está ocorrendo. O nosso setor entende que a questão da importação independente abre espaço para o tratamento não-isonômico, já que as marcas aqui representadas oficialmente investem pesadamente em infraestrutura de rede de concessionárias para o atendimento a seus clientes”.
Outra questão é em relação à eventual elevação imediata para 35% da alíquota do Imposto de Importação para veículos eletrificados, quando – em realidade – já está acordado o seu escalonamento até julho de 2026 e aceito pela Abeifa; assim como pode haver incidência de mais impostos sobre a aquisição de veículos eletrificados na reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional.