A valorização do real frente ao dólar fez com que a rentabilidade do setor de autopeças diminuísse em 2007. Apesar do resultado, Paulo Butori, presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), afirmou que o ano foi bom para o segmento. O dirigente também mostrou preocupação com a recente greve dos auditores fiscais, a qual prejudica exportações e importações de componentes. “Não somos competitivos com o câmbio do jeito que está, e a greve ajuda a depor contra o País e afastar prováveis investidores”, declarou na coletiva para a imprensa especializada, realizada na sede da entidade. No ano passado o setor de autopeças investiu US$ 1,35 bilhão e em 2008 estima-se que deve chegar a US$ 1,6 bilhão. Em 2007, 63,4% da produção de autopeças foi absorvida pelas montadoras de veículos, 16,1% foram exportados, 12,5% seguiu para o aftermarket, e outros 8% foram consumidos de maneira intersetorial. Ainda foi divulgado que quase 26 milhões de veículos circularam pelas ruas, avenidas, rodovias e estradas brasileiras em 2007. O estudo anual feito pela entidade mostrou que o crescimento da frota sobre a do ano de 2006 somou 6,3%, o maior percentual desde 1995 (o levantamento começou a ser feito em 1992). A idade média diminuiu um pouco e chegou a nove anos e dois meses, semelhante à encontrada na Europa e América do Norte.