Volume de pneus comercializados em 2025 é menor
Venda de pneus cai -3,1% no primeiro trimestre, aponta balanço da ANIP. O mercado de reposição teve o pior desempenho, com queda de -9,2%. Ou seja, queda de -3,1% no 1º trimestre de 2025 em comparação 2024 (de 12.099.686 para 11.729.112 unidades).
O forte recuo de -9,2% nas comercializações para o mercado de reposição (de 9.319.110 para 8.464.874 de unidades) impactou no resultado consolidado das vendas do setor.
O destaque positivo ficou nas vendas para montadoras, que teve um aumento de +17,4% (de 2.780.576 para 3.264.238). Os dados são da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
No segmento de pneus para veículos de passeio, as vendas recuaram -8,5% no primeiro trimestre (de 6.318.896 para 5.780.307 de unidades).
As vendas de pneus para veículos de carga tiveram resultados -5,3% menores que o período homólogo (de 1.650.631 para 1.563.568 de unidades).
As vendas para montadoras tiveram recuo no período de -0,2% (445.296 para 444.192 unidades). Já no mercado de reposição o recuo foi de -7,1% (de 1.205.335 para 1.119.376 de unidades).
O segmento de pneus para motocicletas na reposição apresentou resultado negativo no primeiro trimestre, com retração de -7,8% nas vendas (de 2.371.089 para 2.185.177 de unidades).
A ANIP vê com muita preocupação os movimentos tarifários que estão sendo realizados pelo governo americano. Com o aumento das tarifas, países asiáticos, devem intensificar suas exportações.
Logo, o Brasil poderá ser um dos seus alvos preferidos, o que tende a intensificar ainda mais a entrada de produtos importados no país, colocando em risco a competitividade.
Ou seja, sem uma defesa comercial agressiva, o país poderá se tornar o principal destino dessas exportações, arriscando aumentar sua desindustrialização.
Há cerca de 4 anos estamos enfrentando a invasão de pneus importados da Ásia que entram muitas vezes no país a preços abaixo do custo de produção do pneu nacional.
Mesmo que o governo federal mantenha ativos todos os mecanismos de defesa comercial atuais, o setor entende que são necessárias medidas rigorosas de proteção e controle que limite eventuais acréscimos das importações.