Para entrar no concorrido segmento de SUVs compactos, a Volkswagen escolheu o que tem de mais moderno para construir um automóvel. Por isso, o VW T-Cross é montado na plataforma MQB, mesma estrutura utilizada no hatch Polo, sedã Virtus e SUV médio Tiguan.
Mesmo assim, não é inédito, como por exemplo, o sedã Virtus, pois no ano passado, quando iniciaram a fabricação e comercialização no Brasil do T-Cross, ele já era vendido na Europa.
Porém, apesar de ser um veículo global, recebeu modificações as quais foram feitas para ajustá-lo ao gosto e necessidades do consumidor nacional. Por isso, o T-Cross brasileiro é maior que o europeu.
Avaliação: VW T-Cross 250 TSI Highline: Visual moderno
As linhas adotadas no desenho da carroceria remetem ao Tiguan All Space, mas, mesmo assim, o SUV compacto T-Cross não deve ser visto como um mini Tiguan.
Isso porque, o visual da dianteira traz o capô com vincos nas extremidades, eles seguem até os ressaltos da grade frontal. Na versão Highline a grade tem detalhes cromados, o símbolo VW está no centro. Na parte inferior da grade uma barra cromada que liga um farol ao outro.
A base dos faróis utiliza um filete em LED. Porém, para imprimir um visual esportivo, o para-choque é bicolor. Sendo assim, a parte de cima é na mesma cor do carro. Abaixo uma moldura em tom escuro, com as luzes auxiliares em cada extremidade. Na parte inferior aparece uma barra cinza e abaixo outra grade para a entrada de ar.
No entanto, a opção de pintura bi-color, igual a do modelo avaliado por AutoAgora.com.br é opcional. Neste caso o teto é preto. As laterais utilizam frisos cromados na linha dos retrovisores.
Os vincos estão na linha das maçanetas e na parte inferior das portas. Já as molduras das caixas de rodas também são pretas. E as rodas de liga leve 17 polegadas estão calçadas com pneus 205/55 R17.
A traseira utiliza um aerofólio que sai do teto. Além disso, nele está a terceira luz de freio, o break light. O vidro é côncavo e as lanternas nas colunas são ligadas por uma faixa que passa a impressão de ser uma só peça, pois liga uma extremidade a outra.
O para-choque traseiro é semelhante ao dianteiro, sendo assim, a parte superior é na cor do veículo, e a inferior na cor preta, com um friso cromado e refletores nas extremidades.
VW T-Cross 250 TSI Hughline: Interior confortável
A central multimidia é compatível com Android Auto e Apple Car Play. A exemplo do que havia incorporado no Virtus, utiliza o Manual Cognitivo. Este é um sistema que utiliza o IBM Watson para interagir com o motorista. Ele responde dúvidas sobre o veículo e informações do manual, ou seja, não é necessário o manual impresso.O ar-condicionado é digital, permite escolher a temperatura, e há saída de ar para os ocupantes do banco traseiro. Os bancos são em couro e os revestimentos das portas em duas cores, combinam com a proposta do carro.
Em termos de conforto, o SUV compacto da VW é muito bom. Isso porque é fácil de ajustar o banco e encontrar a posição ideal. O volante pode ser ajustado em altura e profundidade. Já para os bancos não há comandos elétricos, nem no modelo topo de linha, assim como o freio de estacionamento eletrônico.
O T-Cross, igual ao Polo e Virtus, utiliza a tradicional alavanca, também conhecido como freio de mão.Os assentos traseiros oferecem bom espaço para as pernas e os encostos podem ser avançados, sem rebater, para ampliar o espaço do porta-malas. Não é o maior compartimento de bagagens da categoria, mas pode ser considerado suficiente em situações de uso diário.
As dimensões do SUV compacto fabricado em São José dos Pinhais (PR) são de 4,1 m de comprimento e 1,5 m de altura. A distância entre-eixos é de 2,6 m, e a capacidade volumétrica do porta-malas é de 373 litros. Ao avançar os encostos pode chegar a 420 litros. Uma solução criativa para ampliar espaço e ainda acomodar passageiros no banco traseiro.
Na versão Highline topo de linha o T-Cross tem o motor 1.4 L turbo com injeção direta. Aliás, vale lembrar que este motor é produzido na fábrica de São Carlos (SP) e exportado para o México. Ele trabalha com câmbio automático de 6 marchas Aisin. Oferece opção de trocas manuais no volante e na alavanca. Para melhor aproveitamento e economia de combustível, tem o Start/Stop. Este sistema desliga o motor, quando, por exemplo, o carro para em um semáforo.
O conjunto motor 1.4L Turbo e câmbio automático, oferece potência de 150 cv a 5.000 rpm e 25,5 kgfm de torque, com qualquer combustível. Ainda tem quatro modos de condução: Eco, Sport, Normal e Individual. No modo Sport, a direção com assistência elétrica fica mais firme e as marchas são trocadas com o motor em giro mais alto.
Nesta avaliação do VW T-Cross 250 TSI Highline, vale ressaltar que o sistema de suspensão dianteira do carro é independente do tipo McPherson e na traseira o eixo é rígido. As rodas de 17 polegadas, liga leve são calçadas com pneus 205/55 R17.
No primeiro contato com o T-Cross o motorista ajusta banco, volante, espelhos com facilidade. Já para utilizar as várias informações mostradas no painel e multimídia, é necessário se acostumar. O sistema é intuitivo, mas é bom utilizar primeiro os comandos no volante multifuncional com o carro parado.
Isso facilita entender como funciona, para depois fazer uso durante a condução. O acionamento do motor é feito por botão, no lugar da tradicional chave, um sensor de presença.
Nos dias de hoje, com o preço alto do combustível, o melhor é optar pelo modo de condução econômico, isso para economizar combustível.
O conjunto motor/câmbio, os ajustes das suspensões e da direção proporcionam dirigibilidade de hatch ao SUV. Sendo assim, lembra o companheiro de plataforma, motor e câmbio, o esportivo Polo GTS.
O T-Cross tem excelente arranque e desenvolve velocidade de maneira rápida, isso ocorre graças ao torque do motor disponível em rotação baixa, ou seja, 1.500 rpm.
VW T-Cross Highline: Conjunto bem acertado
Buracos, valetas, lombadas são superados de maneira confortável, inclusive para os ocupantes dos assentos traseiros.
Já na rodovia uma leve pressão no acelerador é suficiente para aumentar a velocidade.
O câmbio tem a relação de marcha bem sincronizada, por isso, as trocas são precisas sem trancos, mesmo ao pressionar mais o acelerador. O bom é que a troca de marcha ocorre sem elevar demais o giro do motor, o que faz economizar combustível.
A direção com assistência elétrica é firme nas curvas, isso com velocidade média de 100 km/h, mas também é leve ao realizar manobras de estacionamento.
No processo de etiquetagem veicular do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o VW T-Cross Highline 250 TSI foi homologado, abastecido com etanol, com o consumo na cidade de 7,7 km/L e na estrada chega a 9,3 km/L. Ao abastecer com gasolina, o consumo é de 11 km/L na cidade e 13,2 km/L na rodovia. No entanto, estes testes são feitos com o ar-condicionado desligado.
Nesta avaliação do VW T-Cross 250 TSI Highline, fizemos as medições com o ar-condicionado ligado. Sendo assim, o consumo de combustível, abastecido com gasolina foi de 11,9 km/L na cidade e 13,9 km/L na estrada. Os números são muito próximos aos obtidos na certificação. Porém, o consumo de combustível de um automóvel, seja ele qual for, sofre influência da maneira que o motorista dirige.
Nas avaliações feitas por AutoAgora.com.br procuramos simular o uso do veículo no dia a dia de um possível comprador. Portanto, utilizamos em trechos íngremes, paradas no semáforo, na rodovia com velocidade média de 100 km/h. Mas também no anda e para do trânsito. Este último item, por causa das regras de isolamento social, mudou radicalmente, já que o trânsito em São Paulo não apresenta mais o mesmo volume de veículos em circulação, como por exemplo, o registrado antes da quarentena.
Até a finalização desta avaliação do VW T-Cross 250 TSI Highline, o preço sugerido para a venda é de R$ 118.690. Por tratar-se da versão topo de linha traz entre os itens de segurança os obrigatórios airbags para o motorista e passageiro (sistema de desativação para o passageiro) e airbags laterais nos bancos dianteiros e de cortina, os quais não são obrigatórios. Traz também o alerta sonoro e visual de não utilização dos cintos de segurança dianteiros. Vem também com alto-falantes (4 dianteiros e 2 traseiros). A antena é chamada de diversity. Inclui o App-Connect, ar-condicionado digital, vidros e travas elétricas.
Entre os itens de assistência a direção, o SUV compacto VW traz, o assistente para partida em aclives/subidas, controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração (ASR) e bloqueio eletrônico do diferencial (EDS). Vem também com os sensores crepuscular, de chuva, estacionamento dianteiros e traseiros.
Acesse o Canal autoagoracombr
Para a segurança do motorista e passageiros tem o alarme anti-furto com o comando remoto, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura e pré-tensionador, os traseiros são automáticos de 3 pontos e detector de fadiga e fixação de assento infantil com sistema ISOFIX/ Top tether.
Entre os opcionais a Volkswagen oferece a pintura bicolor ao custo de R$ 1.985,00. O pacote Sky view custa R$ 5.010,00. Ele é composto por 2 luzes de leitura dianteiras (sem luzes de leitura traseiras) e teto solar panorâmico.
Já o pacote Tech & Beats que custa R$ 6.280,00, inclui o assistente de estacionamento Park assist 3.0, que faz o carro estacionar sozinho, por exemplo, em vagas perpendiculares e paralelas. Tem ainda, os faróis Full LED com luz em LED integrada, regulagem automática do facho do farol e sistema de som Premium com subwoofer Beats sound. Portanto, o VW T-Cross Highline 250 TSI completo, com todos os acessórios e opcionais custa R$ 131.965.
Para finalizar, a VW demorou para entrar no segmento dos utilitários compactos, os SUVs. Porém, quando fez, agradou os consumidores, pois desde seu lançamento, o T-Cross mensalmente disputa a liderança do segmento. Este ano, no acumulado do primeiro semestre de 2020, apesar das restrições de isolamento, por causa do coronavírus, o modelo fechou o período em segundo lugar com 20.595 unidades emplacadas. O líder Jeep Renegade, emplacou 20.710 unidades.
Motor: 1.4L TSI
Tipo: 4-cilindros em linha, transversal
Cilindrada: 1.395 cm³
Injeção de combustível: Direta na câmara de combustão
Potência: 150 cv a 5.000 rpm (E/G)
Torque: 25,5 kgfm (E/G) 1.400-4.000 rpm (E)
Câmbio: Automático, 6 marchas com conversor de torque
Direção: Assistência elétrica progressiva
Dianteira: Independente McPherson
Traseira: Eixo interdependente
Dianteiros: Disco ventilado
Traseiros: Disco sólido
Rodas: Liga leve 17”
Pneus: 205/55 R17
Comprimento: 4.199 mm
Distância entre-eixos: 2.651 mm
Largura: 1.760 mm
Altura: 1.570 mm
Porta-malas: 373 a 420 litros
Tanque de combustível: 52 litros
3 Comments
[…] carro posicionados no centro, ou seja, segue o padrão de outros modelos da marca, como VW Nivus, T‑Cross e VW […]
[…] carro posicionados no centro, ou seja, segue o padrão de outros modelos da marca, como VW Nivus, T‑Cross e VW […]
[…] em couro na cor preta e a manopla de câmbio vem com detalhe iluminado, semelhante ao dos SUVs VW T‑Cross e VW […]