Nesta avaliação do VW Polo GTS, vale lembrar a tradição da marca em desenvolver modelos esportivos no País. E tudo começou no inicio dos anos 1970, quando a fabricante de São Bernardo do Campo (SP), lançou o VW SP1/SP2, que foi totalmente desenvolvido no Brasil.
Avançando um pouco mais no tempo, em 1980, ela lançou o Gol e foi evoluindo o modelo. Já em 1984, a Volkswagen passou a produzir a versão esportiva do hatch compacto com a sigla GT. Já em 1987, ou seja, 7 anos após o lançamento do Gol, e também quando o carro alcançou a liderança em vendas, o GT foi substituído pelo VW Gol GTS.
Diferente do que as fabricantes costumam fazer, ou seja, esportivar o carro, ao incluir rodas diferentes, adesivos para mudar o visual, acabamento chamativo, a VW em todas estas investidas utilizou motores mais potentes do que os dos modelos convencionais comercializados por ela.
Para trazer de volta a sigla GTS em seus carros, a VW optou por um veículo global, o Polo, fabricado na plataforma MQB.
Em relação ao Polo hatch, ele traz na dianteira, o faróis LED com identidade visual diferente do irmão convencional. Um filete vermelho atravessa a grade do tipo colméia e liga um conjunto ao outro.
O pára-choque dianteiro também é novo, com grade ao na parte central e luzes de neblina nas extremidades.
Na lateral, adesivos pretos nas colunas, retrovisores pretos com lâmpadas repetidoras, sigla GTS na divisão da porta com o pára-lama e as rodas são de liga leve 17 polegadas, diamantadas, com pneus 205/50 R17.
A avaliação do VW Polo GTS mostra que, na parte traseira, para reforçar o visual esportivo, ele traz um defletor na tampa do porta-malas, o qual é pintado em preto brilhante.
A tampa tem um vinco que liga uma lanterna a outra, elas são em LED com assinatura noturna. No centro da tampa aparece o símbolo VW e do lado esquerdo a sigla GTS. O pára-choque é da mesma cor do carro. Na parte inferior uma grade preta e a saída de escape têm ponteira dupla cromada.
A versão GTS do Polo traz de série o painel digital (Active Info Display) com detalhes na cor vermelha. Nele o motorista tem várias informações sobre a condução do veículo, inclusive mostra a velocidade digital, ainda é possível visualizar no centro o mapa do sistema GPS.
Já a central multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas tem o Android Auto, Apple Carplay, App-Connect e comando por voz. Traz um seletor tátil na tela e botão no console com os comando para alterar a performance do carro.
Os modos disponíveis são: Eco, que privilegia a economia, Normal, ou seja, opera sem interferências, Sport, o qual muda o comportamento da direção e controle de tração e ainda traz o som do motor para dentro da cabine e Individual, onde o motorista programa sua preferência de condução. Também há um mostrador de desempenho com informações da potência, turbo e força G. O volante multifuncional tem as costuras vermelhas e a sigla GTS no raio.
O VW Polo GTS tem no interior o teto, bancos e laterais das portas na cor preta. Os bancos são esportivos, e o apoio de cabeça é integrado, para remeter aos utilizados em carros de competição.
O revestimento dos bancos mescla tecido e couro. Nas linhas horizontais estão as referência aos dos modelos da década de 1980 com a sigla GTS no encosto. Os detalhes na cor vermelha também estão nas molduras das saías de ar e base da alavanca de câmbio.
As versões convencionais do VW Polo têm opção de motor 1.0L 200 TSI Turbo com 128 cv e o 1.6L 16 válvulas com 117 cv. Para o Polo GTS, o motor escolhido é o 1.4L 250 TSI Turbo com 150 cv de potência disponíveis entre 4.500-6.000 rpm e 25,5 kgfm (1.500-4.000 rpm), abastecido com etanol ou gasolina.
O câmbio é automático de 6 marchas com opção de trocas manuais na alavanca e borboletas no volante. Também em ralação ao modelo convencional, a suspensão dianteira do GTS tem a barra estabilizadora com diâmetro 1 mm maior, ou seja 21 mm, e na traseira o eixo é mais rígido.
A primeira impressão que o motorista tem ao entrar no VW Polo GTS é de estar em um carro extremamente confortável, a começar pelo banco. Até parece que foi feito sob medida.
Depois disso, encontrar a posição ideal para conduzi-lo é fácil, não há dificuldades ao ajustar o banco, volante e retrovisores. Vale explorar as opções de informações a serem mostradas no painel, pois são várias e mesmo com o carro em movimento, elas podem ser alteras, por isso é importante ter afinidade com o sistema.
Outro item que auxilia a não perder a concentração ao dirigir é o comando de voz que permite trocar as estações de rádio. Para utilizá-lo é só pressionar o botão no volante e solicitar a mudança.
Em termos de desempenho, ele agrada. O carro arranca rápido, não precisa pressionar o acelerador com força, um leve toque o faz sair rápido, mesmo na função Eco.
O câmbio, é o mesmo do Polo convencional, está bem ajustado. As mudanças são macias, precisas, ainda oferece o modo Sport e a opção de trocas manuais nas borboletas ao lado do volante e na alavanca. No modo Sport as mudanças ocorrem com o giro mais alto do motor.
O fato de não terem deixado o carro mais baixo, também não compromete a dirigibilidade, inclusive na rodovia. Com velocidade média de 120 km/h passa segurança ao motorista, mesmo quando é necessário entrar numa curva, ou realizar uma ultrapassagem.
Carros esportivos geralmente são conhecidos por ter ajustes mais rígidos, suspensões duras, para oferecer melhor performance em alta velocidade.
Mas, no caso do Polo GTS, a Volkswagen procurou equilibrar estes acertos para ele oferecer conforto também no uso urbano, quando sabemos que o motorista precisa passar por buracos, valetas e lombadas.
No modo Eco, o sistema Start/Stop, que desliga o motor ao parar em um semáforo, é um excelente assessório que auxilia a economizar combustível.
Por falar em consumo de combustível do Polo GTS, o registrado pelo Inmetro no programa de etiquetagem veicular com gasolina é de 11,0 km/L (cidade)/ 13,7 km/L (rodovia). Com Etanol 7,5 km/L (cidade)/9,6 km/L (rodovia).
O carro entregue para a Avaliação do AutoAgora.com.br estava abastecido com gasolina. Com o ar-condicionado ligado o consumo foi de 10,6 km/L (cidade)/ 12,6 km/L na rodovia.
O valor do VW Polo GTS é de de R$ 102.500 com todos os itens descritos nesta Avaliação. Ele traz ainda o sistema de acesso e partida do motor sem chave, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com câmera de câmera de ré. E o sistema de som Discover Media, com tela colorida de 8 polegadas sensível ao toque, navegação, App-Connect e comando por voz.
Também são itens de série o detector de fadiga, retrovisor interno eletrônico, sensores de chuva e crepuscular e o controlador de velocidade (piloto automático). Entre os itens de segurança estão os air bags dianteiros, laterais, de cortina e joelho para o motorista.
Nesta avaliação: VW Polo GTS, vale destacar que o único opcional é sistema de som Beats, com alto-falantes, tweeters, subwoofer e amplificador. Sendo assim, ele custa R$ 2.450,00. Pela pintura especial é cobrado R$ 495,00 e a pintura metálica custa R$ 1.585,00. As cores sólidas são: Preto Ninja, Branco Cristal e Vermelho Tornado. E as metálicas: Prata Sirius, Azul Biscaia e Cinza Platina. Sendo assim o Polo GTS pode custar até R$ 106.535.
VW Polo GTS com câmbio manual
Desde quando apareceu como protótipo no Salão do Automóvel de São Paulo em 2018, os fãs do Gol GTS perguntavam se o Polo GTS teria a opção de câmbio manual.
Pelo menos por enquanto, a VW descarta esta possibilidade. Isso porque já é sabido que o consumidor que dispõe de mais de R$ 70.000 para adquirir um automóvel só tem interesse por modelos automáticos. Sendo assim, a fabricante optou por adotar o câmbio automático em seu esportivo, mas dá a oportunidade de realizar as trocas manuais sequenciais na alavanca, ou por borboletas no volante.
Os consumidores mais tradicionalistas continuam a afirmar que um esportivo legitimo tem que ter o câmbio manual.
Não vou discutir e nem contrariar, pois opinião é opinião, e gosto é gosto, mas deixo uma pergunta, a qual o leitor pode responder nos comentários.
A F1, maior e mais moderna categoria de carros de corrida do mundo, não utiliza câmbio manual nos monopostos desde a metade da década de 1990, quando todas as equipes optaram pelo câmbio semi-automático, também conhecido como automatizado ou robotizado. Os pilotos não deixam de trocar as marchas, porém a troca é feita por meio de borboletas no volante. Sendo assim, por que um esportivo de rua precisa como o VW Polo GTS precisa ter câmbio manual?
Leia também: Avaliação: VW Virtus GTS Turbo
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Saulo Mazzoni
Motor: 1.4l TSI
Tipo: 4-cilindros em linha, transversal
Cilindrada: 1.395 cm³
Injeção de combustível: Direta na câmara de combustão
Potência: 150 cv a 5.000 rpm (G)/ 150 cv entre 4500-6000 rpm (E)
Torque: 25,5 kgfm 1.500-3.800 rpm (G)/ 25,5 kgfm 1.500-4.000 rpm (E)
Tração: Dianteira
Câmbio: Automático, 6 marchas com conversor de torque
Dianteira: Independente McPherson
Traseira: Eixo interdependente
Dianteiros: Disco ventilado
Traseiros: Disco sólido
Rodas: Liga leve 17”
Pneus: 205/50 R17
Comprimento: 4.068 mm
Distância entre-eixos: 2.564 mm
Largura: 1.964 mm
Altura: 1.477 mm
Porta-malas: 300 litros
Tanque de combustível: 52 litros
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