Brasileiros que correram no Dakar dão dicas de off-road

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Dicas de off-road

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Brasileiros que correram no Dakar dão dicas de off-road

Veja a principais dicas para enfrentar trilhas de lazer ou até mesmo de regularidade

Brasileiros que correram no Dakar dão dicas de off-road. Desde a primeira semana de 2024, mais de 770 competidores de 72 nacionalidades diferentes desbravaram as dunas do Dakar.

Os países com mais participantes nesta edição foram a França, com 173, seguido pela Espanha, com 119, e pela Itália, com 72.

O Brasil teve 17 participantes, divididos em quatro categorias. Entre eles estiveram os integrantes da equipe MSL Rally, composta pelo piloto Gunter Hinkelmann e pelo navegador Fabricio Bianchini.

Eles desbravaram as dunas a bordo de um UTV Taurus MCE5, construído pela Equipe BBR, equipado com um motor 1.0 turbinado, de 170 cv, acoplado a uma transmissão sequencial de cinco velocidades. A tração é 4×4 e o curso dos amortecedores é de 440 mm.

“Por mais experiência que tenhamos, competir no Dakar não é uma tarefa para qualquer um.  O percurso tem um piso completamente diferente com o que estamos acostumados, pois está repleto de rochas vulcânicas e é bem complicado de passar. Nos trechos mais difíceis, a nossa opção é não arriscar para evitarmos qualquer problema, principalmente com os pneus”, relatou o piloto.

Para Bianchini, a navegação também é bastante exigida. “Aqui não é uma missão para amadores. A atenção à planilha e aos pontos de referência exige muita concentração, pois há diversas mudanças súbitas de direção. E tudo isso, aliado à poeira no ar. Mas estamos indo muito bem e até o momento completamos todas as etapas”, reforça o navegador.

“No Dakar nós não podemos chegar achando que vai acelerar com tudo. Tem que vir, conhecer e voltar pra correr de verdade. Nós só fomos entender a dinâmica da competição a partir da quinta etapa. E desde então, estamos competindo tentando entender como melhor se encaixar na prova”, comentou o piloto.

Para o público que é fã dos percursos todo-o-terreno, os pilotos indicam a aplicação de pneus especialmente desenvolvidos para picapes ou utilitários esportivos, ideais para serem utilizados em pisos mais acidentados.

A indicação é que em meio ao lamaçal, recomendam-se pneus com sulcos mais profundos, pois eles têm maior facilidade para remover a lama durante o percurso e oferecer maior tração. Os modelos mais estreitos e altos são os mais adequados para esse tipo de piso.

“Em terrenos com muita areia a tração é muito mais precária, pois a estrutura é mais fina e faz os pneus escorregarem com maior facilidade. Neste caso, os pneus indicados são aqueles mais largos e lisos, pois apresentam uma boa flutuação e geram maior contato com o solo, evitando que cavem buracos durante o percurso, sem atolar o veículo”, explica o piloto da MLS Rally.

Veja dicas para enfrentar trilhas de lazer ou até mesmo de regularidade

Pontes de madeira – Se desconfiar das condições do local, desça do carro e analise a ponte, buscando mapear os lugares em que a madeira esteja em melhores condições. Se houver dúvida sobre a segurança do local, procure um desvio. Caso não seja possível passe devagar e em velocidade constante pelos lugares que estiverem mais firmes.

Terrenos com areia – Procure evitar areia fofa. Se o veículo afundar, tome cuidado para não apoiar os eixos, acelere pouco, mantenha velocidade constante. Em praias, verifique as tábuas de maré e evite circular perto da água. Em dunas, ande sobre a vegetação rasteira (onde o terreno é mais firme), desça o morro em marcha reduzida e peça ajuda a pessoas acostumadas com o terreno.

Barro/Lama – Faça um reconhecimento a pé para antever problemas, além disso, verifique a existência de paus ou pedras que possam furar o pneu ou bater embaixo do veículo. Observe a existência de valas profundas em que haja a possibilidade de atolar. Utilize um pedaço de pau ou bambu para medir a profundidade do alagadiço. Ao passar use velocidade baixa e constante e não acelere demais, pois isso pode fazer com que os pneus percam a aderência e patinem. Evite passar em facões feitos por outros carros, em especial se forem profundos. Prefira o terreno mais irregular.

Mata fechada – Nesta situação preste atenção aos espelhos retrovisores e à antena do rádio para não os danificar no trajeto. Em veículo aberto, o cuidado com passageiros deve ser redobrado, evitando possíveis escoriações com galhos e espinhos. Caso tenha dúvidas sobre a segurança do trajeto, pare o carro e verifique se embaixo de folhas e troncos caídos existe algum buraco, depressão mais acentuada ou erosão. Não tente cortar caminho, mesmo com GPS e mapas de boa qualidade em mãos. Tomar essa decisão pode ser desastroso para a natureza.

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