BYD Dolphin Mini chega ao mercado com a promessa de ser o mais barato entre os elétricos
O primeiro BYD Dolphin Mini com DNA nacional foi apresentado na fábrica da BYD em Camaçari. Ou seja, o modelo que tem mais de 34 mil unidades rodando no Brasil, agora será brasileiro.
“O Brasil está hoje no centro das atenções globais na revolução automotiva, e a BYD é peça-chave nessa transformação. Desde 2014 estamos investindo continuamente e já construímos uma base sólida para acelerar a transição energética no país. Ver a marca como líder de mercado de veículos elétricos e a expansão de nossa rede de concessionárias é a prova de que estamos no caminho certo e com estratégias sólidas no longo prazo”, destaca Tyler Li, Presidente da BYD no Brasil.
Para tanto, a BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no complexo, uma estrutura que ocupa 4,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 645 campos de futebol.
Portanto, quando todas as fases estiverem concluídas, o projeto deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos.
Todavia, a fábrica começa com capacidade anual de 150 mil veículos, com expansão planejada para 300 mil na segunda fase.
Ou seja, inicialmente operando no sistema SKD (Semi Knocked-Down), a planta evoluirá gradualmente para produção nacional completa, incluindo estampagem, soldagem e pintura.
Essa jornada ambiciosa inclui também o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, projetado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros.
A decisão de construir a fábrica na Bahia foi anunciada em julho de 2023 em um evento realizado no Farol da Barra, em Salvador.
O lançamento da pedra fundamental, em outubro do mesmo ano, aconteceu para oficializar a posse do terreno, que foi usado por uma antiga montadora que deixou de produzir veículos em Camaçari.
As obras começaram em março de 2024 e, passados apenas 15 meses, a BYD do Brasil já começou os testes que antecedem o começo da linha de produção. Esse passo marca uma das fases mais emblemáticas do projeto, que está transformando o terreno em um parque industrial de última geração.
No meio do caminho ainda, em dezembro de 2024, fiscais encontraram 163 trabalhadores chineses em alojamentos em situações precárias.
A maioria sem colchão ou com normas de higiene, bem como sanitários adequados. Havia trabalhadores com passaportes retidos e jornadas exaustivas.
Logo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com ação civil pública, pedindo R$ 257 milhões em indenizações coletivas e individuais, além de multas de até R$ 50 mil por trabalhador.
A BYD paralisou a construção do complexo, suspendeu os vistos de trabalho e rescindiu o contrato com a empreiteira Jinjiang Construction.
A fábrica contratou mais de 400 colaboradores brasileiros nas últimas semanas. No total, mais de 1.000 pessoas já trabalham na planta de Camaçari apenas para a BYD.
Durante o evento, a BYD anunciou a abertura de mais 3.000 vagas, que serão preenchidas até o fim do ano. Entre as posições oferecidas, haverá oportunidades para engenheiros, técnicos, operadores, seguranças, eletricistas, profissionais de logística, TI e setor administrativo.