Segundo Ministério da Saúde, Brasil reduziu em 30% o número de crianças vítimas de acidentes após a obrigatoriedade do uso dos sistemas de retenção
Em qualquer período do ano e principalmente nas férias de julho, as férias de inverno, viajar com as crianças é uma das alternativas para os pais inovarem na rotina. Por isso, os cuidados devem ser redobrados para transportar crianças de forma segura, além de evitar multas, pois os sistemas de retenção são obrigatórios.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 13 anos, o número de mortes de crianças entre 0 e 9 anos no Brasil, devido a traumas decorrentes de acidentes de trânsito, sofreu queda de 30%. Em 2008, o uso de cadeirinha de segurança, bebê conforto e assento elevado para o transporte de crianças em veículos se tornou obrigatório. Desde então, os números vêm caindo ano a ano.
Para as crianças, dependendo da idade e altura, o cinto de segurança não é suficiente, pois foram projetados para os adultos. “O cinto de segurança é adequado quando a faixa transversal passar sobre o ombro e diagonalmente pelo tórax, e a faixa subabdominal apoiada no quadril ou sobre a porção superior das coxas”, explica Mauro Cezar Candido, chefe de oficina da Ford Slaviero.
Bebê conforto: Desde o nascimento, a criança deve ser transportada no bebê conforto, isso porque o equipamento é ideal para recém-nascidos, acomodando e protegendo melhor o bebê. Deve ser instalado de costas para o movimento do carro e obedecendo a um ângulo de inclinação de, no mínimo, 45°. A posição de costas e a inclinação são necessárias, pois até 1 ano de idade, a coluna e os ligamentos do pescoço ainda não suportariam o peso exercido pela cabeça no momento de uma colisão.
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Cadeira de segurança: A partir dos 4 anos até os 7, dependendo do modelo e especificações do fabricante, a criança deve ser transportada em cadeiras de segurança. Nesse equipamento, o ideal é deixá-la sentada de frente para o movimento, na mesma posição em que os demais ocupantes do veículo. Mauro conta que o dispositivo é dotado de um sistema de retenção de cinco pontos, baseado nos cintos de segurança dos veículos, o que contribui para a distribuição da energia do impacto e faz com que sinta menos a colisão “A altura das tiras pode ser regulada conforme a criança cresce, ficando na altura do ombro ou acima dele. Estão presentes no encosto funções de regulagem de altura, para ajustar de acordo com a altura conveniente e segura para os pequenos”, finaliza.
Assento de elevação: Projetado para crianças com peso entre 15 kg e 36 kg, o assento de elevação serve para que, sentadas, fiquem mais altas, ajustando seu centro de massa ao cinto de segurança do veículo e fazendo com que o cinto do carro passe nas partes certas do corpo como o quadril, centro do peito e meio do ombro. “São essas partes que, no momento de uma colisão ou freada brusca, poderão suportar o impacto ocasionado pelo travamento das tiras do cinto de segurança, responsáveis por manter o indivíduo preso ao banco e livre do risco de ejeção”, esclarece o chefe da oficina.
Mesmo com o equipamento correto, é preciso verificar a eficácia e instalação desses dispositivos para garantir a proteção adequada das crianças que são transportadas em um automóvel. “É crucial seguir as recomendações do fabricante, especialmente em veículos mais modernos, que possuem pontos de fixação Isofix integrados à estrutura do veículo, facilitando a fixação da cadeirinha”. O Isofix é obrigatório desde janeiro de 2020, em todos os carros novos vendidos no Brasil. Outra dica é levar uma pessoa adulta no banco traseiro, mesmo que a cadeirinha esteja devidamente instalada e sendo usada corretamente. Essa medida evita distrações do motorista com as crianças que estão viajando no banco traseiro.
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