Indústria de autopeças avança no setor energético
Indústria de autopeças avança no setor energético com foco em descarbonização. Uma vez que empresas tradicionais de autopeças estão ampliando sua atuação para além do setor automotivo e ganhando espaço no mercado de energia.
A tendência é de cooperação mútua entre os dois segmentos, com estratégias que envolvem desde a criação de subsidiárias até fusões.
Indústria de autopeças avança no setor energético com foco em descarbonização
Um exemplo é a BorgWarner, conhecida pela fabricação de turbocompressores. A empresa celebrou 50 anos de atuação no Brasil anunciando um novo posicionamento: foco ampliado em tecnologias voltadas à descarbonização.
Segundo Michelle Collins, diretora global de Marketing e Relações Públicas da companhia, os resultados no Brasil mostram que a empresa está trilhando o caminho certo.
“Em 2023, cerca de 87% da nossa receita global veio de produtos que reduzem emissões ou viabilizam veículos de emissão zero”, destaca.
Entre as principais tecnologias estão os inversores, componentes essenciais para a propulsão de veículos elétricos, e sistemas que aumentam a autonomia das baterias.
A empresa também investe em economia circular, por meio da remanufatura de turbocompressores.
No Brasil, essa prática ocorre desde 2001 e já evitou o descarte de mais de 24 mil toneladas de alumínio e ferro fundido.
Outro avanço veio da parceria da Stellantis com a Factorial Energy, que anunciaram o sucesso na produção em escala de células de bateria de estado sólido.
Em comparação com as tradicionais de íons de lítio, essas novas baterias oferecem maior densidade energética e tempos de carregamento muito mais rápidos — alcançando de 15% a 90% de carga em apenas 18 minutos, à temperatura ambiente. Além disso, são mais leves e melhoram a eficiência geral dos sistemas em que são integradas.