VW lança o compacto Premium que gasta menos combustível, tem melhor desempenho e performance, graças ao novo propulsor de três cilindros
Texto: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
Em Campinas (SP), a Volkswagen mostrou para a imprensa especializada brasileira, dia 26 de junho, o Fox Blue Motion. Ele tem preço sugerido para venda de R$32.590 (2 portas) e R$34.090 (4 portas), as duas opções trazem direção eletro-hidráulica de série e pneus verdes, entre outros itens. O carro é equipado com o novo motor EA211, de três cilindros, com 999 cm³ é Total Flex instalado em posição transversal. Sua potência máxima é de 75 cv (G)/ 82 cv (E) a 6.250 rpm. O torque máximo é de 9,7 kgfm (G) e 10,4 kgfm (E), a partir de 3.000 rpm.
O propulsor traz a mais moderna tecnologia, inclusive não utiliza o tanquinho para partida a frio, montado em um bloco de alumínio (leia matéria na postagem abaixo com todos os detalhes da construção do motor 1.0L 3 cilindros da VW ). Em relação ao modelo tradicional passou por modificações mecânicas e estéticas, as quais contribuem para que o carro economize combustível.
A começar pela direção com assistência eletro-hidráulica (item oferecido de série), a qual segundo a VW, reduz o consumo energético em 3%, em relação ao Fox 1.0L equipado com direção hidráulica. A transmissão MQ200 teve as relações alongadas em até 10% em comparação à utilizada no 1.0L. Isso faz com que o motor trabalhe em rotações mais baixas às mesmas velocidades e também resulta em menor consumo de combustível e redução nas emissões.
Como vemos nas competições automobilística, a aerodinâmica tem papel fundamental no desempenho de um veículo, por isso no Fox BlueMotion ela foi desenvolvida e certificada em túnel de vento. Cada detalhe, inclusive os desenhos das calotas, foi elaborado com o objetivo de minimizar o arrasto aerodinâmico.
A grade frontal superior tem formato diferenciado, com desenho exclusivo e aberturas mais estreitas, o que garante eficiência aerodinâmica. A grade inferior teve seu perfil nas laterais também alterado, o que permiti maior fluidez do ar.
Esse modelo utiliza os pneus de baixa resistência ao rolamento (chamados “verdes”), na medida 175/70 R14, com aumento na aplicação de sílica em sua composição.
Em relação aos pneus adotados no Fox 1.0L, que têm as medidas 195/55 R15, estes compostos colaboram também para uma menor área frontal e menor arrasto aerodinâmico. A pressão de enchimento dos pneus do Fox 1.0L BlueMotion é maior, passando de 29/28 PSI para 36/34 PSI (dianteiro/traseiro).
Também recebeu melhorias no conforto acústico, com a utilização de maiores silenciadores no sistema de escape e de mantas de isolamento na carroceria. Ao todo é 29 kg mais leve do que a versão 1.0L convencional.
Utiliza a nova arquitetura eletrônica que oferece sistema ESS (Emergency Stop Signal ou Sinal de Frenagem de Emergência), barra gráfica que indica o consumo instantâneo de combustível, indicador digital de velocidade e de mudanças de marcha, Comfort Blinker (com um leve toque na alavanca de seta, indica direção que pretende ir com o veículo, sem necessariamente acionar a alavanca).
Entre os itens de série traz: air bags frontais e freios ABS com EBD, banco com encosto traseiro rebatível, do motorista com regulagem de altura, chave canivete sem controle remoto, console central com porta-copos, conta-giros, desembaçador traseiro, gaveta sob o banco do motorista, parassol com espelho de cortesia dos lados direito e esquerdo, indicador digital de consumo instantâneo de combustível, computador de bordo, indicador de troca de marchas, tomada de 12 volts.
O Fox BlueMotion está disponível em 5 opções de cores de carroceria: duas sólidas (Preto Ninja e Branco Cristal) e três metálicas (Azul Boreal, Prata Sargas e Cinza Quartzo).
Impressões ao dirigir
No lançamento, teste drive aconteceu nas rodovias da região de Campinas. A versão avaliada foi a com carroceria de duas portas e sem ar condicionado. Ao girar a chave e acionar a ignição, antes é preciso pisar no pedal da embreagem, não foi possível perceber a eficácia do sistema que elimina o tanquinho de partida a frio, porque o carro estava abastecido com gasolina.
A primeira impressão é boa, pois o pequeno propulsor de 3 cilindros tem ronco dócil, porém, o arranque é forte para um motor 1,0 litro. Mudou o motor e o câmbio permanece o mesmo, o MQ200 com outro escalonamento, pois as relações de trocas foram alongadas. Ele tem mudanças suaves e precisas, as trocas acontecem sem esforços.
Na rodovia, o carro tem desempenho exemplar, ao trafegar com velocidade média de 110 km/h, em quinta marcha, o conta-giros mantém o motor em 3.300 rpm, o que proporciona fôlego para realizar uma ultrapassagem sem reduzir a marcha. Nestas condições, o computador de bordo chegou a marcar consumo de 20 Km/L. Já no ciclo urbano, velocidade média de 60Km/h, ele mostrou média de 16 Km/L, a VW divulga consumo de 12,7 (Cidade)/ 14,7 (estrada) com gasolina e 8,8 (Estrada)/9,9 (Cidade) com etanol.
Já nas retomadas, ele não é tão forte, dependendo da situação a embreagem deve ser acionada, e feita a mudança de marcha.
Em termos de dirigibilidade, continua o mesmo, o acerto de suspensão atende as necessidades de quem precisa de um carro para uso urbano e aos finais de semana encara a rodovia para passear. Os freios merecem atenção, pois são bem fortes, com um leve toque eles estancam.
O motor 1.0L da VW evoluiu, ficou compacto, ganhou itens internos mais moderno e bem mais potente. Quem não sabe e entrar no carro de olhos fechados, e depois começa a andar, imaginará que se trata de um modelo, pelo menos 1.4L.