A Scania vai usar plástico de garrafa PET na grade do radiador. Com isso, a estimativa é que sejam retirados cerca de 1,5 milhão das garrafas com a iniciativa, se considerada a produção de 30 mil veículos, ano.
Quando a nova composição de matérias prima da grade frontal das cabinas englobar 100% dos veículos fabricados pela Scania no Brasil, o que é esperado para 2025, será evitada ainda a emissão de 62 toneladas/ano de CO2 na atmosfera.
Cada item consome cinco quilos de insumos plásticos, uma mistura de policarbonato (PC) com polietileno tereftalato (PET), este amplamente empregado pela indústria.
O PET corresponde a 20% da composição da peça, até pouco tempo fornecido em estado virgem por produtores norte-americanos, e que será trocado pelo PET reprocessado por fornecedores instalados no Brasil.
Para iniciar o projeto, a Scania adquire o PET reprocessado de uma recicladora brasileira, que por sua vez compra garrafas dos postos de coletas e recupera o plástico, retornando-o a cadeia produtiva.
A mistura deste insumo com o policarbonato (PC) e entrega a composição (o PC/PET) para outro fornecedor da Scania, que faz as peças que a empresa coloca nas cabinas dos caminhões.
As peças passaram por vários testes (de impacto, fluidez, envelhecimento, aderência da pintura, entre outros), inclusive na matriz, na Suécia.
Por enquanto, somente a fábrica no Brasil está utilizando a nova composição, mas existem perspectivas da tecnologia limpa ser adotada em fábricas da marca na Europa e na Ásia.
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