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Transmissão automática exige cuidado

Dos modelos zero-km vendidos atualmente, 12% são equipados com câmbio manual, cenário adverso totalmente de 10 anos atrás, quando os veículos com pedal de embreagem representavam 70% das opções

Entre os motoristas, há opiniões diferentes sobre o câmbio automático. Enquanto alguns são contra, preferindo a tradição do câmbio manual, outros defendem as vantagens. Agora, que a automatização dos carros é uma tendência, isso não há como negar.

Para se ter ideia, dos modelos zero-km vendidos atualmente, 12% são equipados com câmbio manual, cenário adverso totalmente de 10 anos atrás, quando os veículos com pedal de embreagem representavam 70% das opções.

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Hoje, é possível dizer que os preconceitos foram derrubados, e a indústria enxerga com bons olhos essa automatização, uma vez que os componentes que compõem a estrutura são menores em tamanho, custos e quantidades. 

Mas a preferência acaba criando alguns mitos que envolvem o câmbio automático. É o que explica Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional. Confira abaixo.

Carros com câmbio automático consomem mais combustível?

Mito. De acordo com Leonardo, essa ideia surgiu principalmente devido à ineficácia dos câmbios automáticos antigos, que não possuíam um sistema de gestão adequado e mudavam de marcha em rotações mais elevadas. Como resultado, o consumo de combustível aumentava.

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“Ao longo do tempo o setor automobilístico teve diversos avanços tecnológicos e os veículos automáticos tendem a ser até mais econômicos, principalmente quando se trata da Transmissão Continuamente Variável, a CVT, que é desenvolvida justamente para reduzir o consumo”, explica.

As mudanças de marcha em câmbios automáticos são mais rápidas?

Verdade. De fato, as trocas de marcha em câmbios automáticos são bastante ágeis. Alguns modelos são comparáveis a sistemas de dupla embreagem, conhecidos por sua eficiência e rapidez, frequentemente encontrados em carros esportivos e de alta performance.

“A tecnologia está em constante evolução e, geralmente, veículos equipados com câmbio automático conseguem atingir velocidades de 0 a 100 km/h em tempos menores do que os veículos manuais. O Jeep Renegade manual, por exemplo, tem um desempenho inferior ao da versão automática”, aponta o superintendente.

Embora quebrem menos, o custo de manutenção é maior?

Verdade. Isso ocorre principalmente devido ao mau uso do câmbio manual, como engatar marchas sem que os conjuntos de engrenagens estejam alinhados.

Leonardo explica que o câmbio automático é controlado por um sistema eletrônico, por isso, esse tipo de problema é evitado, mas tudo tem seu preço. “Esta transmissão é um pouco mais complexa e nem todas as oficinas têm a capacidade de realizar sua manutenção. Além disso, são necessários equipamentos especiais, o que eleva os custos de manutenção”.

O câmbio automático aumenta o desgaste dos freios?

Mito. “É verdade que, quando um veículo com câmbio automático está parado, o freio precisa ser acionado para manter o carro imóvel. No entanto, a força exercida pelo veículo para frente é tão pequena que não afeta o desgaste dos freios”, diz Leonardo.

O superintendente ressalta que existe a discussão sobre como em algumas descidas, por não poder usar o freio motor, há um aumento no desgaste. “Isso também é incorreto, pois em alguns modelos de transmissão, ao selecionar a posição L, 1, 2 ou 3 no seletor de marchas, uma marcha reduzida é engatada, eliminando a necessidade de manter o pé no pedal do freio”.

Engatar a marcha ré em movimento danifica a transmissão automática?

Verdade. “Isso vale tanto para câmbios automáticos quanto para manuais. Engatar a marcha ré enquanto o carro está em movimento causa impacto nos componentes da transmissão. Repetindo isso várias vezes, você pode danificar a transmissão”, finaliza.

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