Por: Edison Ragassi
Segundo a FENABRAVE– Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, maio de 2022 registrou o maior volume de emplacamentos do ano. Isso porque com 3 dias úteis a mais do que em abril, as 338.440 unidades licenciadas representam alta de 25,09% ao comparar com abril de 2022, e 6,03% maior que o resultado em vendas de automóveis obtido em maio de 2021.
Com o resultado, a queda, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, caiu para 4,16%, contra uma queda de 7,18% registrada no 1º quadrimestre. Ainda assim, a FENABRAVE não irá rever as projeções para o ano, o que será feito, apenas, no encerramento do 1º semestre.
Andreta Jr, Presidente da FENABRAVE, analisa os números obtidos. “O resultado, até agora, é positivo e foi impulsionado não só pelo maior número de dias úteis em maio, como pela disponibilização de veículos que estavam à espera de peças, nos pátios das Montadoras. Entendemos que, em maio, oferta e demanda começaram a se estabilizar. Não há um movimento forte de retomada, nem de oferta e nem de demanda, mas acredito que estamos chegando à certa estabilidade, o que já é desejável, considerando um ano bastante incerto como o que estamos vivendo”.
Apesar do grande salto em relação a abril, segundo Andreta Jr., os segmentos ainda podem enfrentar volatilidade ao longo do ano. “A demanda tem sido atendida, mas o setor automotivo não venceu, completamente, a crise de abastecimento global. Embora os problemas sejam pontuais, é possível que haja espera, a depender do modelo. Além disso, há o próprio cenário econômico brasileiro que, por conta das eleições presidenciais, pode ter um ambiente mais volátil no segundo semestre”, analisa o Presidente da FENABRAVE.
Sobre veículos híbridos e elétricos, o resultado vem se consolidando numa curva evolutiva, registrada nos últimos meses. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, foram comercializados 16.393 autos e leves eletrificados, contra 10.393 em igual período do ano passado, o que aponta aumento de 57,7% no volume. Em termos de participação de mercado, esses veículos representam 2,4% do total comercializado no segmento, um percentual ainda baixo, mas que já demonstra uma tendência de consumo.
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