Em contraste, o diesel, fundamental para o transporte rodoviário no Brasil, registrou variações mais modestas.
O diesel S-10 apresentou alta de 0,5% entre outubro e novembro, com uma elevação acumulada de apenas 1,0% em 2024.
No período de 12 meses, o preço do diesel caiu 1,9%, sendo comercializado a R$ 6,158 por litro em novembro de 2024.
Essa estabilidade é relevante, dado o impacto do diesel sobre o custo do frete e, consequentemente, sobre os preços na economia brasileira.
Em novembro de 2024, o etanol foi equivalente a 70,2% do valor da gasolina comum, apontando uma paridade favorável ao biocombustível em alguns estados.
Conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encher um tanque de 55 litros com gasolina comum representou 6,4% da renda média no terceiro trimestre de 2024.
Esse percentual foi estável em relação ao mesmo período de 2023, graças à expansão da renda e à redução da taxa de desocupação.
No entanto, as desigualdades regionais continuam marcantes. Enquanto famílias do Norte e Nordeste gastam, em média, 10,3% e 8,6% da renda com gasolina, no Sudeste e Centro-Oeste esse percentual cai para 5,3%, e no Sul, para 5,5%.
Os aumentos nos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina e do etanol, marcaram 2024, enquanto o diesel manteve maior estabilidade.
Essa dinâmica influencia diretamente o custo de vida e a logística no Brasil, além de reforçar a necessidade de considerar aspectos regionais e de renda ao analisar o impacto econômico do setor de combustíveis.