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									Produção e exportação são destaque no quadrimestre de 2025. O mês de abril fechou com patamares elevados de exportação e produção, mas com os emplacamentos dando sinais de estabilização.
Outra vez: Brasil enfrenta mais uma crise de semicondutores. O governo se reuniu com representantes do setor automotivo nacional para discutir soluções para a crise de semicondutores que atinge o Brasil e o mundo.

Recentemente, o governo holandês assumiu o controle da fabricante de chips Nexperia, alegando preocupações com a propriedade intelectual. A empresa é sediada na Holanda, mas é controlada por um consórcio chinês. Após a decisão, o país asiático passou a restringir a exportação de chips e semicondutores para diversos países.
Brasil enfrenta mais uma vez a crise dos semicondutores
Governo brasileiro pediu para a China para excluir o Brasil do embargo comercial de microchips. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e a Abipeças (Associação Brasileira da Indústria de Autopeças) pediram diálogo envolvendo a produção de semicondutores.
O setor automotivo corresponde a 20% da indústria de transformação, e sua paralisação pode impactar diretamente 130 mil empregos e 1,3 milhão de empregos indiretos no país.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) destacou a dificuldade de substituir fornecedores de semicondutores no curto prazo. A produção, por exemplo, varia conforme o tamanho e a função dos chips, e poucos países têm capacidade tecnológica para atender rapidamente à demanda do Brasil.
O que disse a Anfavea sobre a crise dos semicondutores
A Anfavea já vinha alertando que o setor automotivo está em uma iminente crise de fornecimento de chips. Segundo a entidade, a escassez de semicondutores pode afetar operações fabris em questão de semanas, incluindo veículos leves, pesados e máquinas.
Ou seja, os semicondutores são materiais capazes de controlar o fluxo de corrente elétrica, propriedade que permite seu uso na fabricação de chips, processadores e sensores. Compostos principalmente de silício, esses dispositivos atuam como interruptores e amplificadores em circuitos eletrônicos, regulando sinais e executando cálculos em alta velocidade.
Nos veículos, eles estão presentes em módulos de controle eletrônico (ECUs), responsáveis por monitorar e ajustar em tempo real o funcionamento do motor, transmissão, sistemas de freio, airbag, direção elétrica, climatização e recursos de conectividade.
Cada ECU pode conter dezenas de microcontroladores e transistores que dependem de semicondutores de diferentes tamanhos e arquiteturas.
A complexidade aumenta com a eletrificação: veículos híbridos e elétricos utilizam semicondutores de potência, capazes de converter e gerenciar grandes fluxos de energia entre baterias e motores.
Nesses casos, são usados materiais como carboneto de silício (SiC) e nitreto de gálio (GaN), maior eficiência térmica e menor perda de energia.
Por depender de processos de fabricação altamente sofisticados e concentrados em poucos países, a cadeia global de semicondutores é vulnerável.
Ou seja, qualquer interrupção na produção impacta diretamente as montadoras, que não conseguem operar sem esses componentes essenciais para o controle eletrônico dos veículos modernos.
