Nesta manhã de segunda-feira (07/07), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), divulgou o balanço da indústria automobilística nos seis primeiros meses do ano.
A produção acumulada de 729,5 mil veículos representou uma queda de 50,5% na comparação com o primeiro semestre de 2019.
Produção de veículos cai 50% no primeiro semestre. Em junho, foram produzidas 98,7 mil unidades, número 129,1% superior ao alcançado em maio, mas 57,7% inferior à de junho do ano passado.
Baseados nestes dados, e as expectativas econômicas do país para o segundo semestre, a Anfavea projeta produção de 1.630 milhão unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2020. Caso seja confirmado, este volume é 45% inferior ao de 2019.
Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, explica a projeção. “Trata-se de uma estimativa dramática, mas muito realista com base no prolongamento da pandemia no Brasil e na deterioração da atividade econômica e da renda dos consumidores”.
A Produção de veículos cai 50% no primeiro semestre. Sendo assim, a perspectiva é lastreada num mercado interno projetado de 1.675 milhão de unidades vendidas no ano (queda de 40%) e uma exportação de 200 mil unidades (queda de 53%), além de levar em conta a variação de estoques e as importações de veículos.
O Brasil acostumado a outras crises enfrenta uma situação sem precedentes, por isso a expectativa de voltar a crescer é lenta. “A situação geral da indústria automotiva nacional é de uma crise maior que as enfrentadas nos anos 80, 90 e essa mais recente de 2015/16. Ela veio num momento em que as empresas projetavam um crescimento anual de quase 10%. Um recuo dessa magnitude no ano terá impactos duradouros, infelizmente. Nossa expectativa é que apenas em 2025 o setor retorne aos níveis de 2019, ou seja, com atraso de seis anos”, avaliou Luiz Carlos Moraes.
Já o número de emplacamentos, segundo a Fenabrave apresentou reação positiva no mês de junho, ou seja, voltou a subir, porém ainda em níveis baixos.
Por: Edison Ragassi/Foto: Divulgação FCA