Levantamento divulgado pela ANFAVEA- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores na manhã desta quarta-feira (06/09) mostrou que, em setembro foram produzidas 173,3 mil unidades de autoveículos.
Isso representa uma retração de 21,3% sobre as 220,2 mil de setembro de 2020. Nos nove meses de 2021, a indústria fabricou 1,649 milhão de unidades, sendo assim, o crescimento foi de 24% em relação ao volume de 1,330 milhão do ano passado.
Apesar dos resultados positivos no acumulado do ano, o número ainda está bem baixo do desejado e esperado. O volume fabricado positivo até setembro ocorreu por causa da produção de comerciais leves (+46,5%) e pelos caminhões (+103,7%).
Tendo como base os resultados obtidos nos 9 meses deste ano, a ANFAVEA revisou suas projeções para vendas, produção e exportação de veículos em 2021.
Isso porque a atual crise de fornecimento dos semicondutores tem impactado a fabricação de veículos no mundo todo. Calcula-se que a indústria automotiva global perderá de 7 a 9 milhões de veículos produzidos em 2021, o que significa retornar a níveis de 2020. A falta de insumos, aliada ao aumento de custos e dificuldades logísticas, também tem afetado diretamente a produção do setor no Brasil.
As vendas de veículos novos este ano podem variar de 2,038 milhões a 2,118 milhões, ou seja, com cenários de queda de 1% a crescimento de 3% na comparação com 2020.
E a produção deverá variar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, o que representará um aumento de 6% a 10% quando comparado com o ano de 2020. Já as exportações, nas estimativas da ANFAVEA, ficarão em um intervalo de 357 mil a 377 mil unidades, alta de 10% a 16%.
Luiz Carlos Moraes, Presidente da ANFAVEA, fala sobre o atual momento da indústria automobilística nacional e mundial. “Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”, explicou.
Para finalizar, com estas perspectivas, o comprador que pretende adquirir um veículo novo, deve antes pesquisar, avaliar e fazer as contas, para assim concluir se é realmente o momento de realizar a compra.
Por: Redação-AutoAgora.com.br/ Foto: Divulgação GM