Em 1999 a Renault iniciou as operações produtivas de automóveis no Brasil. Para se instalar no país a fabricante de origem francesa escolheu São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná.
O local recebeu o nome de “Complexo Industrial Ayrton Senna”, para homenagear o piloto brasileiro tri campeão na F1. Isso porque a primeira vitória de Senna na F1 aconteceu em 1985, no circuito de Estoril em Portugal, pilotando um Lotus com motor Renault Turbo.
Passados 24 anos da inauguração, a Renault do Brasil comemora a marca de 5 milhões de motores fabricados no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. Segundo divulgado pela empresa, desse total, 64% estão nos veículos Renault comercializados no Brasil, enquanto que, os outros 36% atenderam ao mercado externo, já que os motores produzidos na fábrica brasileira também são exportados para países da Europa e América Latina.
A Curitiba Motores (CMO), tem capacidade produtiva de 600 mil unidades ao ano e hoje fabrica os motores 1.0 e 1.6 da família SCe (Smart Control Efficiency), utilizada em toda a gama de veículos de passeio da Renault no Brasil.
Wesley Palma, diretor de Fabricação Mecânica da Renault, mostra muita satisfação com o número alcançado. “Chegar a cinco milhões de unidades é um momento de orgulho, e isso acompanhando a grande evolução tecnológica que a Renault realizou em seus motores ao longo do tempo”. Os motores fabricados na CMO se destacam pelo baixo consumo, maior desempenho e por entregar prazer ao dirigir.
A Renault já produziu 5 milhões de motores no Brasil, pois a Curitiba Motores é uma unidade industrial inserida no contexto da indústria 4.0, a qual reuni tecnologias de ponta no setor industrial automotivo e inovações que possibilitam fabricar motores de alta tecnologia. Houve uma implementação, por exemplo, de robôs colaborativos que otimizam as operações, especialmente as repetitivas, permaneceram em sinergia com o ser humano.
Giuliano Eichmann, diretor de Engenharia de Processos da Renault do Brasil, destaca que, “tecnologias como as encontradas na CMO verificaram ao Complexo Industrial Ayrton Senna o reconhecimento do World Economic Forum, como referência- na indústria 4.0 no ano de 2020 em Davos, e isso é motivo de muito orgulho para todos nós. Somos a única indústria automobilística na América Latina a fazer parte deste seleto grupo de empresas”.
A unidade também conta com a proteção dos motores por meio do sistema de visão artificial, formados por câmeras de captura, sensores, leitores, iluminação, hardwares e softwares, que permitem acompanhar as inovações tecnológicas do setor sempre posicionando os motores produzidos na CMO não mais alto nível em qualidade.
A história da Curitiba Motores (CMO) começou no dia 02 de dezembro de 1999, com a inauguração da linha de produção no Brasil. Na ocasião, a capacidade produtiva era de 280 mil unidades por ano. Fabricava o motor 1.6 16V, presente nos 3 veículos feitos pela Renault em solo brasileiro, no caso o Scenic, o Clio e o Clio Sedan, além de ser exportado para a Argentina, onde era aplicado à linha Megane.
Em seu primeiro ano cheio de fabricação, em 2000, a CMO fez cerca de 30 mil motores, já somadas as primeiras unidades do motor 1.0 16V, com foco no Clio. A partir de 2002, a linha de produção foi diversificada, incluindo também os propulsores 1.0 8V e 16V, além do 1.2 16V, voltados exclusivamente para a exportação.
Com essa gama, em 2006 veio o primeiro milhão de unidades produzidas no Brasil. Marca que seria duplicada em 2011 e que chegaria a três milhões em 2014. Em novembro de 2016, os motores da Renault do Brasil deram um novo salto tecnológico com a chegada do 1.0 SCe e do 1.6 SCe. No ano seguinte, teve início a expansão da fábrica com a construção de duas novas linhas de usinagem, para aumentar a produção dos componentes do bloco motor, cabeçote e virabrequim para o mercado local e exportação.
Em 2018 foi inaugurada a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA). Ela é a unidade parceira da CMO na produção dos motores. Tem uma capacidade produtiva anual de 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes em alumínio do motor 1.6 SCe. A fábrica reúne as melhores e mais modernas práticas em injeção de alumínio da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi no mundo.
A família de motores Renault SCe incorporou as inovações da Fórmula 1, modalidade na qual a marca conquistou doze títulos. Totalmente em alumínio, ela preza pela economia de combustível e eficiência, apresentando excelentes resultados.
Sendo assim o destaque fica por conta do Kwid 2023, equipado com o motor 1.0 SCe de 3 cilindros, o modelo é campeão no quesito consumo, sendo o mais econômico do segmento tanto em uso urbano como na estrada. O Renault Kwid se manteve no primeiro lugar do pódio como o carro flex mais econômico do Brasil em 2023, segundo a lista atualizada de eficiência energética do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) divulgada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Por sua vez, na cidade, o Kwid faz 15,3 km/L com gasolina e 10,8 km/L com etanol. Na estrada, 15,7 km/L com gasolina e 11 km/L com etanol, segundo dados do Inmetro. O 1.0L também está no Renaul Stepway e Renault Logan. Já o 1.6 SCe traz comando duplo de válvulas variáveis na admissão, injetores posicionais no cabeçote e bom desempenho desde as baixas rotações. Ele está no Renault Duster, Renault Oroch, além do Renault Logan.
Leia também: Renault Twingo completa 30 anos