As vendas totais de pneus caíram 12,6% no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três primeiros meses de 2023, saindo de 13,99 milhões para 12,23 milhões de unidades vendidas no período.
As comercializações para montadoras recuaram 16,3% (passando de 3,38 milhões para 2,83 milhões de pneus), enquanto o mercado de reposição teve queda de 11,4% (de 10,61 milhões para 9,40 milhões). Os dados são do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
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As comercializações de pneus para veículos de passeio registraram queda de 13,2%, saindo de 7,33 milhões de unidades vendidas de janeiro a março de 2023, para 6,36 milhões no primeiro trimestre deste ano. As vendas para montadoras recuaram 5,4% (1,95 milhão para 1,84 milhão) e o mercado de reposição caiu 16% (5,37 milhões para 4,51 milhões).
O segmento de veículos de carga foi o único com desempenho positivo nas vendas de pneus no primeiro trimestre. O setor teve leve alta de 0,8% nas comercializações totais no comparativo com o período homólogo, saindo de 1,63 milhão de unidades vendidas para 1,65 milhão.
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As vendas para montadoras cresceram 11,3%, subindo de 401 mil para 446 mil. Já o mercado de reposição caiu 2,5%, sendo 1,23 milhão em 2023 ante 1,20 milhão de janeiro a março deste ano. Mesmo com a leve alta, quando comparado com 2022 as vendas totais tiveram queda de 15,1%.
As vendas de pneus para motocicletas no mercado de reposição seguiram com resultados negativos no primeiro trimestre, com queda de 5%. O setor recuou de 2,49 milhões de unidades em vendas de janeiro a março do ano passado para 2,37 milhões nos três primeiros meses de 2024.
Investigações concluídas pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) identificaram mais dois casos em que produtos sujeitos a medidas antidumping vinham entrando no Brasil sem o recolhimento das sobretaxas aplicadas.
Os casos identificados agora envolvem importações de “pneus agrícolas” e “laminados a frio” vindos de Hong Kong e Turquia, respectivamente, mas substancialmente produzidos na China – origem que possui medida antidumping aplicada.
As importações de pneus agrícolas da China estão sob medida antidumping até 2028 – o que significa que, para cada tonelada de produto importado daquele país, o comprador tem de pagar entre US$ 345,37 e US$ 3.028,62 adicionais.
Já as medidas contra laminados a frio, do mesmo país, vigoram até outubro deste ano –com sobretaxas de US$ 175,62 e US$ 629,44 por tonelada.
A Secex apurou que, em intervalos distintos de 12 meses, entraram no país 63,4 toneladas de pneus agrícolas vindo de Hong Kong e 252 toneladas de laminados a frio da Turquia.
As verificações de origem sobre pneus e laminados tiveram início em janeiro deste ano. Atualmente, existem outros quatro casos sob investigação.