Colunistas

10/03/2016

POTÊNCIA E SUV DOMINAM SALÃO

Por: Fernando Calmon Novidades realmente não faltam na 86ª edição do Salão do Automóvel de Genebra, a se encerrar no próximo domingo. Por mais que se fale em modelos híbridos e elétricos, o fato é que alta potência ainda atrai o público, mesmo muito distante do bolso dos simples mortais. Agora a referência máxima sobe para 1.500 cv obtidos de formas diferentes. O francês Bugatti Chiron continua sendo o mais potente apenas com motor a combustão por meio de um W-16 e quatro turbocompressores. No caso do sueco Koenigsegg Regera trata-se de um híbrido com três motores elétricos e um
23/02/2016

UMA BOA ISCA

Por: Fernando Calmon Fevereiro de ano bissexto deu embalo extra para lançamentos. Depois da picape média Toro, chegaram o Toyota SW4 (modelo de marca generalista de maior valor produzido no Mercosul) e a linha Gol/Voyage 2017. A Volkswagen mostrou a segunda revitalização da quinta geração do hatch, que liderou o mercado por nada menos de 27 anos seguidos, além de ser o mais produzido (supera 7,8 milhões de unidades desde 1980) e exportado (mais 1,3 milhão para 60 países). A empresa alemã resolveu aplicar o velho ditado: “Isca tem que ser boa para o peixe, não para o pescador”. Extirpou
17/02/2016

TORO CHEGA COM AMBIÇÕES

Por: Fernando Calmon Há muito tempo a Fiat deseja entrar no lucrativo segmento das picapes médias de cabine dupla para cinco passageiros. Em 2007 a marca italiana desistiu de acordo com a Tata porque a picape indiana era tosca demais. A líder das picapes compactas, Strada, é homologada para apenas duas pessoas atrás. A Toro resolve essa situação e se apresenta como alternativa racional por ter 43 cm a menos em comprimento que a média dos concorrentes e a mesma capacidade nominal de uma tonelada (incluindo passageiros) na versão a diesel. A Fiat se apresenta ao mercado de forma objetiva
11/02/2016

DUAS TAÇAS MUNDIAIS

Por: Fernando Calmon Está bastante difícil este começo de ano para a indústria de veículos. E vai piorar no primeiro trimestre porque em igual período de 2015 ainda havia em estoque unidades produzidas em 2014 com IPI reduzido. Produção, porém, apresentou o pior janeiro desde 2003 e isso tem impacto direto nos empregos do setor (14,7 demissões no ano passado e mais que o dobro disso na área de autopeças). Todavia a grande desvalorização do real frente ao dólar abre uma janela de oportunidade para exportações. Reconquista de espaço perdido por veículos brasileiros no exterior será desafiante. Em primeiro lugar
03/02/2016

PRESSA INIMIGA DA PERFEIÇÃO

Por: Fernando Calmon No primeiro mês de 2016 as notícias sobre o mercado são piores do que se esperava. A queda de quase 40% sobre janeiro de 2015 fez recuar as 153.000 unidades vendidas a números de nove anos trás. Explicações são várias: antecipação de compras para aproveitar oportunidades, utilização do 13º salário aumentou o valor da entrada e assim para pagar menos juros, além de disputa entre os fabricantes no fechamento do exercício anual com novos bônus e descontos extras. Fenabrave, associação nacional das concessionárias, lembrou que em janeiro de 2015 ainda havia automóveis faturados com IPI reduzido. “Os
28/01/2016

SEGURANÇA COM MAIS FORÇA

Por: Fernando Calmon Uma das complicadas e desgastantes situações para fabricantes de veículos e seus clientes, em qualquer parte do mundo, são os recalls sempre ligados a riscos de segurança. Apenas em 2015 nos EUA – maior frota mundial, 255 milhões de veículos e o segundo maior mercado, 17,5 milhões unidades/ano – ocorreram 868 campanhas envolvendo o recorde de 51 milhões de veículos. Aqui, no mesmo período foram 114 recalls e 2,8 milhões de unidades convocadas para uma frota total de 41 milhões. Nos números frios das estatísticas proporcionais o Brasil não ficou tão mal na foto. Em grande parte,
19/01/2016

DETROIT SEM GRANDE IMPACTO

Por: Fernando Calmon Foi uma das recuperações mais rápidas de que se tem notícia. O mercado interno americano estava tão prostrado em 2009 com “apenas” 10 milhões de veículos vendidos, que nem dava para substituir a frota sucateada a cada ano. Pois, em 2015, venderam-se 17,5 milhões de unidades, recorde que perdurava desde 2000. Além da crise financeira e imobiliária, o preço de petróleo estava quatro vezes mais alto do que hoje. Essa virada se explica por várias boas razões de fundo econômico, em especial pela exploração do xisto ter diminuído a dependência do país de petróleo importado. O Salão
14/01/2016

VENCEDORES E VENCIDOS

Por: Fernando Calmon Em um ano tão depressivo como 2015, com queda geral nas vendas de 26,6% (houve recuos mais expressivos de 41%, em 1981, 33%, em 1987 e 28%, em 1998), todos os 15 segmentos em que esta coluna divide o mercado sofreram bastante com exceção de um, os SUVs compactos. Enquanto os carros esporte e stations mergulharam 48% e 34%, respectivamente, os utilitários esporte pequenos subiram nada menos de 34% sobre os resultados de 2014. Tudo indica que podem continuar a crescer com a confirmação, logo no primeiro dia útil de janeiro, da produção do Nissan Kicks ainda
07/01/2016

FUTURO A HIDROGÊNIO?

Por: Fernando Calmon No recente Salão do Automóvel de Tóquio não foram apenas modelos autônomos e futurísticos que roubaram a cena. O governo japonês se empenha em disseminar a ideia da era do hidrogênio e nada como os carros para dar partida a uma verdadeira aposta. Esse elemento químico é o mais abundante do universo e está presente na água (H2O) que representa 70% da Terra. Uma nova “sociedade baseada no hidrogênio” será difícil de florescer. Para obtê-lo a partir da água é preciso eletricidade em grande escala. Se esta vier de fontes fósseis ou não renováveis – como na
02/04/2015

RENEGADE, O ABRE-ALAS

Por Fernando Calmon Íntegro. Se fosse o caso de usar uma só palavra para definir o Jeep Renegade, esta é sob medida. Adjetivo de largo espectro cobre desde sua fidelidade ao estilo e conceitos da marca até sensação verdadeira de robustez quando se exige dele fora de estrada. Surpreende ainda o acabamento interno e a longa lista de equipamentos e opções inéditas. Trata-se do primeiro SUV a diesel abaixo da barreira simbólica de R$ 100.000 (exatos R$ 99.900) com tração 4x4 não permanente, bloqueio central do diferencial, modo virtual de reduzida e caixa de câmbio automática de nove marchas. Suspensão
26/03/2015

BRASIL E MÉXICO SE ENTENDEM

Por: Fernando Calmon Os dois lados acabaram cedendo e a renovação do acordo automobilístico entre Brasil e México foi assinado. Análise mais profunda indica, porém, que o Brasil conseguiu, além de ampliar de três para quatro anos (até 2019) a regra de cotas de importação/exportação, uma pequena vantagem. Entre março de 2015 e março de 2016 o valor anual do comércio bilateral recua do atual US$ 1,64 bilhão para US$ 1,56 bilhão sem nenhum imposto de importação. Depois os valores anuais subirão 3% ao ano, a partir de uma base inicial reduzida, o que seria uma vitória rala do governo
19/03/2015

BRIGA SERÁ MUITO BOA

Por: Fernando Calmon Cenário raro em termos de lançamento no Brasil: três modelos estreiam ao longo de 30 dias para disputar o mesmo mercado de SUVs compactos, que os americanos também chamam de crossovers só por ter aspecto de utilitário porém com estrutura monobloco e mais baixos. Conceitualmente crossover é mais do que isso e o Honda HR-V “abre os trabalhos”, seguido nas próximas três semanas pelo Jeep Renegade e Peugeot 2008. Um degrau acima em porte, ainda em abril, estreará o chinês JAC T6. O EcoSport criou, em fevereiro de 2003, o que seria considerado pouco mais que um